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Negativa de abono aos servidores do Estado surpreende mercado político

A notícia de que o governo do Estado mais uma vez não vai pagar o abono para os servidores repercutiu politicamente, apontando para um desinteresse do governador Paulo Hartung em reconquistar a confiança do funcionalismo. Afinal, em um ano pré-eleitoral, o fato de o governador não querer agradar os servidores é emblemático. 
 
Principalmente, quando se observa numericamente o que significa isso. O Estado tem 130 mil servidores, sendo 90 mil do Executivo Estadual. O último abono recebido pelos servidores foi de R$ 500, em 2014, ainda no governo de Renato Casagrande (PSB). Naquele momento, a concessão do abono foi criticada pela equipe que assumiria o governo, já que o Estado vivia o início da crise.
 
Em valores atuais, considerando o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro de 2015 a outubro de 2017, o abono para os servidores deveria ser de R$ 601,16, o que multiplicado por 90 mil, que é o número de servidores, geraria um impacto financeiro de R$ 54 milhões. Recursos que, injetados no fim do ano, garantiriam um bom aquecimento do comércio. 
 
O que chama atenção foi o fato de que, recentemente, o governo do Estado difundiu a ideia de que o Estado estaria saindo da crise e que os investimentos aumentariam a partir deste fim de ano. Mas, mesmo com um suposto superávit de R$ 1,2 bilhão, o governador não quis agraciar os servidores.

Depois que o governo decidiu atender à determinação da Justiça e pagar o auxílio alimentação aos servidores, criou-se uma expectativa muito grande sobre o apoio, principalmente depois da notícia da existência de um superávit.

 
Já nos meios políticos, a notícia surpreende num primeiro momento, mas  se encaixa no discurso do governador voltado para fora do Estado, em que precisa mostrar um caixa cheio, reforçando a imagem de gestão de excelência que vende no cenário nacional.

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