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Negociação de cargos no governo também influi na eleição da Assembleia

Paralelamente ao interesse em acomodações de deputados não reeleitos e as ocupações de cargos na própria Assembleia, principalmente nas comissões mais importantes da Casa, outro fator que vem apimentando as movimentações para a eleição da Mesa Diretora no próximo dia 2 de fevereiro é a acomodação dos aliados dos deputados no Executivo. 
 
As exonerações dos cargos de indicação dos parlamentares têm trazido inquietações no Legislativo e a situação pode se complicar ainda mais nos próximos dias. Isso porque a dinâmica de negociação do governador Paulo Hartung (PMDB) com os deputados é diferente da que era estabelecida pelo ex-governador Renato Casagrande (PSB).
 
No governo passado, alguns parlamentares detinham dezenas de cargos no governo. O socialista acolhia os aliados dos deputados muitas vezes sem cobrar contrapartida, já Hartung dificilmente atende a esse tipo de reivindicação e quando atende, valoriza ao máximo a “barganha”. A negociação sempre é difícil. Sem conseguir acomodar os cabos eleitorais, alguns deputados temem perder a influência em suas bases. 
 
Por isso, as movimentações hoje apontam mais pela busca de interlocução com o governo do Estado do que com a colocação de um nome de enfrentamento ao Executivo. A ideia dos deputados é aumentar seus capitais para garantir negociação com o governador. O nome de Da Vitória (PDT), lançado com antecedência, teria esse objetivo de pressionar o governador, mas a movimentação não surtiu efeito, justamente por causa da antecipação.
 
Além de um nome que garanta a não submissão dos deputados ao Executivo, o plenário procura hoje um candidato que possa ter condições de negociação com Hartung, intervindo pelos deputados em suas bases. E, nesse sentido, o nome com mais condições de estabelecer essa relação é o do atual presidente Theodorico Ferraço (DEM). 
 
A votação do Orçamento do Estado para 2015 será um bom teste para os deputados sobre a disposição do governador em negociar com os parlamentares. A manutenção das emendas pode ser um indício de que o governador pode contemplar as bases dos deputados. 

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