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Nova denúncia envolve Camilo Cola em compra de votos

O deputado federal Camilo Cola (PMDB) foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por compra de votos na disputa pela reeleição para a Câmara deste ano. Esta é a segunda vez que o peemedebista é denunciado pelo mesmo crime eleitoral. 
 
A primeira vez foi na eleição de 2006. O esquema foi descoberto durante a operação João de Barro, deflagrada em 2008, em Cachoeiro de Itapemirim, com o objetivo de apreender documentos sobre desvio de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
 
Em uma diligência na prefeitura, os agentes descobriram um caderno que expunha o funcionamento do esquema de compra de votos que levou Camilo Cola a seu primeiro mandato eletivo, na Câmara dos Deputados. Os números apontavam para um investimento de cerca de R$ 7 milhões.
 
O processo tramitou até o ano passado, mas foi arquivado no Supremo Tribunal Federal (STF).  Desta vez, a coisa foi mais sutil. A Procuradoria Regional Eleitoral denunciou Camilo Cola e o sobrinho da esposa do deputado federal, Mitter Mayer Volpasso Borges. 
 
A denúncia chegou ao MPE por meio do sistema Pardal, disponível no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A denúncia dá conta de que no dia 15 de setembro, o então candidato Camilo Cola pousou com helicóptero particular no campo de futebol do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), no campus de Alegre, no sul do Estado. Ele teria distribuído material de campanha e prometeu financiar a festa de formatura das turmas de 3º ano do Ensino Médio da instituição. A proposta foi intermediada por Mitter Mayer Volpasso Borges, que é ex-aluno do Ifes de Alegre.
 
A prova estaria nas mensagens enviadas pelo Whatsapp e repassadas entre os alunos, Mitter se refere à oferta de financiamento da formatura como uma oportunidade e afirma que todos os anos o candidato contribui com a formatura de diversas instituições, principalmente as faculdades de Cachoeiro de Itapemirim.
 
Mitter esteve no Ifes, no dia 2 de outubro, cerca de três horas antes do horário marcado para os depoimentos dos alunos, e conversou reservadamente com eles. Há fotos que confirmam o encontro.
 
O MPE ouviu alunos, funcionários e a direção do Ifes. Fotos da visita do candidato foram publicadas em sua página no Facebook.  Para a realização de campanha eleitoral em imóveis pertencente à Administração direta ou indireta da União, a legislação prevê multa que varia entre R$ 5.320,50 e R$ 106.410,00, além da cassação do registro da candidatura ou do diploma.

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