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Novo arranjo começa mal

O imbróglio da análise das contas do governador Renato Casagrande deixa exposta a postura que parte do plenário da Assembleia deve ter a partir da nova legislatura. Alguns reeleitos estão no grupo dos deputados que querem rejeitar as contas do governador, orientados pelo emissário do governador eleito Paulo Hartung, Paulo Roberto (PMDB). 
 
Paralelamente, surge a conversa de emplacar a cunhada de Hartung, Ângela Silvares, no Tribunal de Contas do Estado (TCES), na vaga que deve ser aberta com a aposentadoria compulsória de Valci Ferreira em 2016. Com isso, Hartung consegue maioria no plenário do Tribunal, evitando qualquer problema posterior com suas contas ou, quem sabe, reativando o antigo expediente de colocar na berlinda os adversários políticos. 
 
O governador também já reuniu os partidos que estavam no palanque de Casagrande, atraindo com acomodações no governo as siglas com lideranças de peso, como o PDT, de Sérgio Vidigal, e o PT de João Coser, ainda durante a campanha. Posteriormente, foi a vez de fazer as pazes com o senador Magno Malta (PR), antigo desafeto. Outro passo importante para ele foi atrair o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho (PSDB). 
 
Os movimentos políticos de Paulo Hartung apontam para uma recomposição do arranjo institucional e essa posição da Assembleia mostra que a coisa começa mal, muito mal. A perseguição política ao governador eleito, com o recado repassado pelo presidente da Assembleia, de que seria, sim, mágoa pessoal, abre um precedente sério.
 
Hartung fala em política com “P” maiúsculo, mas age com a postura da velha política, para evitar que seu principal adversário político reúna forças para um futuro embate. Quer destruir Renato Casagrande, para não ter que enfrentá-lo no futuro. Isso não é política com “P”, nem aqui e nem na China.  
 
Esse embate na Assembleia já mostrou quem sai perdendo: a população. E não adianta, não há como evitar que as pessoas entendam o que está acontecendo. Não adianta mais dizer que não tem nada disso, que sou eu, acreditem em mim…os fatos falam por si só e a população não gosta do que vê. 

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