Uma das figuras mais presentes nas eleições municipais deste ano, o secretário de Agricultura do Estado (Seag), Octaciano Neto, faz uma avaliação positiva da sua atuação como cabo eleitoral na disputa. Mesmo sem estar vinculado a partidos, o secretário foi um reforço disputado pelos candidatos, sobretudo no interior, . Ele se colocou como articulador de várias candidaturas, algumas vencedoras, outras derrotadas, mas com ganho de capital política. Embora a capilaridade da Seag seja predominante no interior, Octaciano frequentou os principais palanques da Grande Vitória.
Em uma entrevista franca a Século Diário, que vai ao ar neste sábado (19), o secretário avalia sua participação no processo eleitoral, no qual circulou por 53 palanques municipais no Estado, como muito positivo. Quanto a sua participação em 2018, o secretário não esconde suas pretensões de protagonizar um palanque e mira candidatos que vão de deputado federal a governador.
A posição a ser tomada, porém, vai depender da movimentação de seu grupo político e das articulações políticas até lá, assim como a escolha do partido pelo qual vai disputar as eleições. Uma escolha que ele revela, que dependerá da reforma política. Octaciano não esconde que sua decisão será pragmática. Vai se filiar ao partido que lhe oferecer a melhor acomodação até lá.
Octaciano Neto fala também sobre a importância política da Seag. Ele reconhece que a pasta confere grande visibilidade ao gestor. Sobre a lista de quatro lideranças que o governador avalia como possíveis sucessores, o secretário diz que Paulo Hartung (PMDB) nunca o inclui, mas diz abertamente que se movimenta para se credenciar como nome do seleto grupo.
As críticas à sua atuação na campanha política em meio à uma grave crise hídrica no Estado também são explicadas pelo secretário, que também defende a expansão do eucalipto no Estado, um assunto polêmico entre ambientalistas. Também defendeu a participação de lideranças da Secretaria no processo eleitoral.