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Palácio Anchieta aperta o cerco aos independentes da Assembleia

Vem chamando a atenção da classe política a postura dura dos deputados Enivaldo dos Anjos (PSD) e Sérgio Majeski (PSDB) na defesa de seus projetos e bandeiras na Assembleia e a resistência que vêm enfrentando da base governista e de emissários do Palácio Anchieta. A expectativa é de que eles fiquem cada vez mais isolados no plenário, mas não mostram estar abalados por isso.
 
Desde o início da legislatura, os dois parlamentares vêm mostrando um comportamento observado como ponto fora da curva com Paulo Hartung (PMDB) à frente do governo. Isso porque, em seus mandatos anteriores, o governador não contou com um embate tão resistente ou qualificado, não por muito tempo. 
 
As posturas isoladas do passado não incomodavam tanto quanto as atuais. No primeiro mandato, a postura da ex-deputada Brice Bragato, no PSOL, incomodava, mas sozinha e com o governador em alta, sua movimentação não abalava Hartung
 
Agora, o experiente Enivaldo dos Anjos vem travando com o líder do governo, Gildevan Fernandes (PV), e outros deputados aliados do Palácio constantes batalhas no Plenário. Sem qualquer preocupação de entrar em atrito com governo, o deputado vem defendendo projetos que entende serem de interesse social ou da Casa e denuncia as manobras para derrubar suas proposições. 
 
Foi assim com a rejeição do pedido de urgência do projeto de auditoria nos aparelhos de escutas telefônicas do Estado. Depois de o líder do governo orientar pela rejeição da urgência, o deputado retirou outros projetos da pauta e definiu que votará contrário às urgências do governo. Com uma dose de ironia, ele tem provocado lideranças da base para demarcar seu espaço.
 
Majeski já se indispôs com vários deputados, ou melhor, sentiu a indisposição dos colegas com suas posturas, em alguns momentos muito duras na defesa das pautas ligadas à área da educação. Até o momento tem resistido aos contra-ataques da base governista, mas quanto mais dura a posição do deputado, mas agressiva será a reação palaciana.
 
Ele tem, porém, um discurso eivado de conteúdo, o que não se observava em desalinhados do palácio do passado, que não tinham a mesma condição de enfrentamento com os argumentos necessários para sustentar seus discursos. Os adversários do passado não tinham como segurar essas posições, até porque o cenário era outro. 
 
Os “independentes” dos mandatos anteriores sentiram na pele o que é a reação de Hartung e hoje se afinam com o Palácio Anchieta votando, inclusive, contra suas bases, isso para os que sobreviveram politicamente. 
 
Até hoje, a cassação de Jardel dos Idosos para a acomodação de Paulo Roberto (PMDB) é tida pelos meios políticos como uma manobra palaciana para retirar do plenário o deputado imprevisível. Se não havia como remover o independe, a movimentação era pelo desgaste e isolamento, como aconteceu com a ex-deputada Mariazinha Vellozo Lucas, que teve a presidência da Casa tirada de suas mãos por influência do governo. Euclério Sampaio (PDT) era simplesmente ignorado pelo governo. 

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