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Palácio Anchieta começa a mexer suas peças na eleição da Assembleia

Faltando menos de 15 dias para a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o clima na casa é de incerteza. Interlocutores do Palácio Anchieta teriam entrado em campo para tentar desmobilizar o apoio a uma quarta recondução do atual presidente Theodorico Ferraço (DEM) à presidência.

Os motivos não seriam internos, afinal, até aqui o governador Paulo Hartung (PMDB) não teve dificuldades em aprovar nenhum projeto, tampouco sofreu desgaste na interlocução com os deputados, ou seja, pode-se dizer que navegou em mar de almirante enquanto o comando da Casa nas mãos de Ferraço. O problema não seriam os dois anos que ficaram para trás, mas sim os dois anos que sucedem a eleição da Mesa.

Em 2018, Hartung pode precisar mexer em uma peça complicada de seu tabuleiro, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), filho de Theodorico, e a concentração de poder nas mãos do demista pode trazer problemas. Além de Ricardo, Theodorico também conseguiu emplacar a mulher, a ex-prefeita de Itapemirim, litoral sul do Estado, na Câmara dos Deputados, o que aumentou ainda mais o capital político do decano do Legislativo estadual.

Por enquanto, o governador não fala em um nome alternativo para a disputa com o demista. Hartung vem negando influência na discussão, mas as conversas com os interlocutores palacianos tem sido constante nos últimos dias.

A articulação tem sido feita, segundo alguns deputados, por meio do secretário-chefe da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Júnior, e o assessor especial Roberto Carneiro, que não apresentam oficialmente nenhum candidato palaciano, mas os movimentos apontam para o vice-líder do governo na Assembleia, deputado Erick Musso (PMDB).

O jovem deputado de Aracruz tem sido colocado à frente de um movimento que indica que ele pode ser o candidato a presidente, mas a antecipação dessa movimentação pode não ser a melhor estratégia. Até o próximo dia 2, quando acontece a eleição, o desgaste de estar à frente do movimento pode enfraquecer um eventual palanque. Talvez por isso Musso prefira não se colocar como candidato.

Diante das pressões, a leitura de alguns deputados é que Ferraço estaria balançado a deixar o pleito. Ele hoje seria o único candidato na Casa e se sair da disputa os deputados teriam dificuldade em encontrar um outro nome de densidade, que ofereça a proteção que os parlamentares querem para a disputa de 2018.

Para as lideranças políticas, se o governador não tivesse colocado a mão no processo, a reeleição de Ferraço não seria problema, mas como o Palácio Anchieta sinaliza negativamente, o deputado pode não conseguir os 16 votos necessários para a eleição. Já alguns deputados preferem não antecipar qualquer resultado, afinal Ferraço sempre tem cartas para colocar na mesa e não surpreenderia se chegasse ao processo eleitoral do próximo dia 2 como candidato de consenso.

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