Para garantir suas eleições, os pedetistas, que eram a aposta do mercado político para serem os mais bem votados do Estado, contaram com os votos de fora de seus redutos. Quem ajudou muito nessa articulação foi o secretário de Saneamento e Habitação do Estado, Iranilson Casado. À frente da pasta, ele conseguiu circular o Estado e construir o caminho de apoios para captação de votos aos candidatos do partido.
Mesmo com o deputado federal eleito Sérgio Vidigal aliado ao peemedebista Paulo Hartung (PMDB) na campanha, a estrutura do governo Renato Casagrande também serviu para que ele pudesse captar votos. Dos 161. 744 votos de Vidigal, mais de 64.776 vieram de fora de seu principal reduto, o município da Serra.
Na disputa estadual, a situação se repetiu. O deputado estadual Dá Vitória, reeleito como o quarto mais bem votado do Estado, obteve 40.090 votos no Estado. Mas em Colatina, seu principal reduto, a votação foi de 5.904. Entre os eleitos elei foi o mais bem votado do município, mas ficou bem abaixo da maior votação em Colatina, que foi do vereador Sérgio Meneguelli (PMDB), que conseguiu 16.187.
Isso coloca o deputado em uma situação complicada para a disputa municipal em 2016, quando chega ao fim o segundo mandato de Leonardo Deptulski (PT). Em 2012, Da Vitória disputou a eleição contra o petista, mas perdeu. O petista teve 39.360 contra 22.319 do pedetista, mas o desempenho nesta eleição prejudica seus planos para 2016.
Quem se fortaleceu no município foi o ex-prefeito Guerino Balestrassi (PSDB), a quem provavelmente Da Vitória teria de enfrentar na disputa municipal, ou o próprio Meneguelli, que saiu muito fortalecido da disputa.
Quanto a Vidigal, a disputa para 2016 fica em aberto, como sempre acontece no município da Serra, seu reduto, contra Audifax Barcelos. O fiel da balança deve ser o deputado estadual Vandinho Leite (PSB), que pode compor uma chapa com o prefeito.