Pastores rejeitam ataques que demonizam opiniões contrárias a Bolsonaro
"No mínimo, podemos chamar isso de desonestidade intelectual". Assim se posicionaram os pastores Usiel Carneiro e Kenner Terra, integrantes do Fórum Evangelho e Justiça, que reúne lideranças evangélicas da Grande Vitória, para refutar ataque aos pastores progressistas, especialmente aqueles que são críticos do governo Jair Bolsonaro. Os líderes evangélicos rejeitam as críticas e citam análise elaborada por Franklin Ferreira, teólogo formado na Universidade Mackenzie, ligado ao presidente.
Crítico do "esquerdismo", do "liberalismo teológico" e do "comunismo", foi um defensor da Lava Jato, chegando a fazer uma convocação pública pela indicação do procurador Deltan Dallagnol para a Procuradoria Geral da República (PGR). Ele também é um dos fundadores e presidente da Coalizão pelo Evangelho, uma associação evangélica conservadora, majoritariamente calvinista, que funciona como a versão brasileira da estadunidense The Gospel Coalition, e da diretoria do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR), que em julho deste ano esteve com Bolsonaro para reivindicar, entre outras pautas, a imunidade tributária nas doações que as igrejas fazem para suas obras missionárias no exterior.
Para os pastores Kenner Terra e Usiel Carneiro, a proposta de identificação dos progressistas de Franklin Ferreira é "na verdade, uma lista inquisitória obscura, cujo objetivo é demonizar a todos que não estão exatamente enquadrados na sua forma hiperfundamentalista de pensar a fé e escolhas políticas". Eles destacam que "ultimamente, a expressão "progressistas" passou a ser demonizada e usada como instrumento de ataques pouco acurados".
Por ser um conceito escorregadio e dificilmente delineável, pode significar qualquer coisa. Um exemplo dessa problemática imprecisão se encontra na definição proposta por Franklin Ferreira, que o aplica "a quem repudia a Bíblia como Palavra de Deus, não crê na trindade, desconsidera a salvação pela graça, rejeita a possibilidade da ação sobrenatural, etc. A lista feita é grande e mistura, de forma generalizante, uma série de pontos da teologia, como se liberais, neo-ortodoxos, neoconservadores, pós-liberais fossem a mesma coisa, permitindo colocar qualquer pessoa, sem nenhum critério, dentro dessa categoria".
Usiel Carneiro e Kenner Terra rejeitam a análise de Ferreira, que, "para arrematar e ferir a sensibilidade espiritual dos evangélicos, afirma que os supostos progressistas "se submetem a uma Ideia (sic) e não à revelação". Para quem não está muito acostumado com discussões epistemológicas, precisamos informar que esse tipo de imprecisão conceitual seria desconsiderado, tratado como calúnia ou senso comum – ou, dependendo da análise, mentira".
"Franklin reclama que os fundamentalistas são acusados de racistas, fascistas e homofóbicos. Seria isso um absurdo? A história nos mostra que foram exatamente esses grupos cristãos que engrossaram as fileiras da Ku Klux Klan, eram escravocratas (alguns senhores e traficantes de escravos), apoiaram ditaduras (como os presbiterianos no Período de Chumbo) e até hoje aceitam passivamente, com as reservas necessárias para não serem incriminados, frases como 'gays devem morrer', proferia pelo pastor fundamentalista Steven Anderson", destacam.
Os dois pastores do Fórum Evangelho e Justiça entendem que a análise de Franklin Ferreira é perversa, na medida em que demoniza o contraditório, e falsifica propositalmente o sentido do termo. "Resumidamente, a perspectiva progressista tenta ser, em suas múltiplas variações, uma terceira via. Ou seja, o progressista é crítico a qualquer fundamentalismo, busca manter a "mesa posta" para o diálogo e crê na importância da fé cristã madura e contextual diante de uma sociedade cansada, com razão, de posturas evangélicas pouco coerentes com o Reino".
Portanto, o progressista, contrariando Franklin Ferreira, a definição de alguns, acredita no Estado Democrático de Direito, mesmo que reconheça suas limitações; iluminados pela vida e obras de Jesus e profetas, defende os Direitos Humanos como parte de sua missão, o que significa ecoar as memórias do Protestantismo; não encontra em nenhuma proposta político-partidária a encarnação do Reino, mas sempre será crítico a projetos que apoiem ditaduras, alimentem discursos de ódio, relativizem as causas da violências ou tenham pouca sensibilidade social.
Desse modo, apontam os pastores, "os grupos tratados como progressistas são plurais e podem, sem qualquer incoerência, preservar aquele conjunto de crenças negadas a eles por Franklin, ao mesmo tempo em que sejam dialogais. É preciso entender, de uma vez por todas, que as discussões teológicas e horizontes pastorais não se circunscrevem, obviamente, aos campos liberal e fundamentalista, e nem o mundo pode ser fechado entre extrema direita e extrema esquerda".
Kenner e Usiel afirmam: "Em seu maniqueísmo característico, o fundamentalismo, seja ele de qualquer vertente, é incapaz de admitir um espaço de reflexão que se revele mais razoável, maduro ou livre do que o seu. Ele precisa desqualificar, estigmatizar, e assim prevenir a quantos puder para que parem de ouvir outros discursos, a fim de manterem as mentes cativas para si".
O que o fundamentalista chama de apologética, na verdade, é a defesa de suas perspectivas como se fossem o único caminho possível. Dessa forma, maturidade e liberdade são características que lhe parecem ameaçadoras. O fundamentalismo rejeita revisões e perguntas que possam ficar sem respostas imediatas, e muito dificilmente lida com o básico da vida: a humanidade. No caso desse autor, o engodo é maior, porque seu público apoia o projeto político atual e já tendencia significativamente a análise".
Destacam os dois líderes: "É exatamente com a postura progressista que nos identificamos e que em nada isso fere nosso respeito às Escrituras, nosso senso de dever cristão e dependência da Graça Divina. Na experiência de ampliar o espaço de reflexão da fé com a vida, seus desafios sociais e existenciais, temos confirmado, dia a dia, a grandiosidade do Evangelho, a centralidade de Cristo e a indispensabilidade do Espírito. Qualquer definição que desconsidere isso não passará de generalização ou falsidade teológica".
Líder religioso aponta contradições de evangélicos que apoiam Bolsonaro
Kenner Terra aponta as fake news como um dos fatores para o apoio dos evangélicos ao presidente
https://www.seculodiario.com.br/politica/lider-religioso-apontacontradicoes-de-evangelicosque-apoiam-bolsonaro
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Comentários: 13
o pastor de verdade não se envolvem com negócios desta vida. precisam somente atender as ordens de DEUS e deixar de contendas para apoiar quem quer que for e principalmente o Presidente BOLSONARO QUE É UM HIPÓCRITA,
Acredito que esses dois não falam pelos demais pastores de Vitoria, Pastor Batista Edson Ribeiro !
Onde começa o erro: "uma associação evangélica conservadora, majoritariamente calvinista". O apóstolo Paulo diz: "sede meus imitadores como fui de Cristo". Se o cidadão é Calvinista já tá errado por aí, começa fora das Escrituras, do Evangelho Eterno.
Dessas derrapadas do Ego de religiosos sobre o que é a verdade, ou a saber que a linha que eu sigo é a correta, é que vai dar nessa picaretada toda que se transformou o evangélico brasileiro com influência estadunidensse.
Vão seguir a Cristo, que é o Caminho. Bolsonaro é o que a Bíblia fala, pelos frutos, conhecereis a árvore. Indo mais adiante, "a boca fala daquilo que está cheio o coração". Então, Bolsonaro indo a igreja disse que sua vontade era encher de porrada a boca do jornalista. Ele estava indo a Basílica, notaram. Igreja abre porta para qualquer um, mas passar pela Porta Estreita, é outros 500.
Jesus fez a vontade do Pai, e não usou da política, Deus é bom, Jesus fez bondade porque essa era a vontade do Pai. Voltemos a Bolsonaro: "vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos. Quanto mais o vosso Pai Celestial". Entã, Bolsonaro é um sujeito mal. mal marido, mal pai, mal funcionário público militar, mal congressista e sabe dar boas dádivas aos seus filhos, mesmo usando dinheiro público e tráfico de influência, além de outros arbítrios. Você que usou o Templo de Deus para incentivar o rebanho de Cristo a votar em Bolsonaro, ou em outro candidato, sua hora vai chegar meu amigo.
Deus é justo juiz, e não deixa escarnecer o seu nome, sua palavra, e sua igreja. Se cuida otário. Põe a tua boca no pó porque talvez ainda haja esperança para sua vida. Calvinista, nada é um bando de CHAUVINISTA.
Jesus também encheu de porrada os vendilhões do templo. Tudo tem limite. Um dia esgota e só um perverso suporta tudo calado
Você trata o presidente com o mesmo mérito que todos nós temos diante de Deus: somos todos pecadores. Mas parece que sua cegueira não deixa ver que você também é podre e não tem a menor condição de apontar o dedo para ninguém. Ah, antes que você me questione, eu sou o pior de todos os pecadores.
Você chama pessoas de Otário. Pelo nível do seu comentário, eu digo que você não está acima de ninguém e nem é apto ao ensino ou mesmo à admoestação de ninguém.
Bom, como você mesmo disse, em seu suposto drama sado-masoquista, você é a pior das pessoas. E isso é possível identificar com as suas declarações? Gostaria de dizer que a Bíblia assim diz: "Examina o homem a si mesmo". Você já fez seu auto exame, não é? Sugiro trocar seu pseudônimo de Canaã, terra na qual não está reservada ao pior dos pecadores, e sim cão, pois ficarão de fora os cães. É vale da sombra e da morte, e não a Canaã.
Trato o presidente como figura pública tal qual sua conduta. Cheio de contradições, caro otário. Otário é quem acredita no discurso dele, e isto está no dicionário. No dicionário bíblico seria insensato, homem de belial e etc.
A vara é para o tolo. Fique aí com seus sacrifícios de tolo, defendendo o indefensável, explique os cheques da família cristã bolsonaro, essas "novas criaturas". Você quer ser admoestado, pois essa é sua fantasia sado-masoquista, vá para outro ambiente, pois esse é um jornal secular, não uma reunião de membros de alguma denominação religiosa. Sugiro também uma terapia para analisar esse seu super-ego que te coloca como mais miserável das criaturas, e seguidores desse comportamento sádico e que começa a crescer no Brasil. A sua opinião, "pior dos pecadores"não tem o menor significado, apenas tenho pena da sua condição de seguidor de um presidente como esse é melhor Jair explicando os cheques na conta da Micheque. Nada que está oculto que não venha ser revelado.
Concordo com o comentário do Araújo, cristão verdadeiro não deveria misturar política com vida religiosa. Não podemos acreditar em tudo que aparece em nossa frente como verdades absolutas. Quer saber a verdade? Busque, pesquise, investigue e descubra. Não engula tudo que chega a sua frente como verdade. Um homem cristão verdadeiro deve possuir os frutos do Espírito de Deus em si, e por suas obras será conhecido.
Este senhor Usiel parece mais que está baixando a cabeça para a Nova Ordem Mundial e sua elite global. Lembre-se que a NOM é comunista.
Melhor ter o Bolsonaro no poder, mesmo sendo meio turrão do que o Fernando Haddad engomadinho e Manuela ateia e comunista.
Concordo com você Socorro Costa.
Estes dois pastores parece que estão caminhando para encontrar o Anti Cristo com a sua admiração ao progressismo. Progressismo esse que perde o foco do verdadeiro objetivo da Igreja. Guias cegos é o que eles são. Pra começar, na Igreja deles, o cantor vai de bermuda e camiseta lá pra púlpito e algumas mulheres se vestem como se fossem para o bar da esquina - total falta de respeito e reverência a Deus.
Querem ser melhor que os conservadores quando na verdade estão é se transformando nos secretários do capeta.
Ah! Tá! Se identificam com a postura progressista, igualzinho ao usurpador Francisco. Os progressistas defendem o que a Bíblia condena. Daqui a pouco o senhor Usiel e este outro vão defender o aborto, a ideologia de gênero, a nada santa dona onu. Deus tá vendo...
Tomar partido e demonizar quem pensa o contrário. É exatamente isso que esses dois pastores estão fazendo. Serviu para eles também.
Pastores que pregam tanto o amor; deveriam também olhar com amor o Presidente da República.