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PDT capixaba passa por crises internas depois das eleições de 2016

O PDT capixaba sempre foi considerado uma excelente “noiva” para as composições políticas, tanto para as disputas estaduais quanto para as municipais. Nas disputas proporcionais, o PDT foi o partido que mais conquistou vagas nas câmaras de vereadores. No que se refere à disputa majoritária, porém, o partido teve uma queda de patamar no Estado.

A princípio a queda não parece grande, de oito para sete prefeituras, mas quando se observa o número de pessoas governadas, a situação é bem mais complicada. O partido que governava 255.965 pessoas a partir de 2013, caiu para 84.609, em 2016. O fim do mandato de Nozinho Correa, em Linhares, trouxe uma queda significativa de capital eleitoral para a sigla.

Mas nada parece ter abalado tanto o partido, quanto a derrota de Sérgio Vidigal, na Serra. Essa era uma disputa que para os meios políticos parecia mais consolidada para o pedetista do que para o prefeito Audifax Barcelos. Isso não aconteceu e as consequências internas começam a aparecer. No município, por exemplo, já se fala em uma enxurrada de desfiliações, parecida com a que aconteceu após 2014, no PSB, quando Renato Casagrande perdeu a disputa pela reeleição ao governo do Estado contra Paulo Hartung.

Em Vitória, o partido vive outra crise, com a insatisfação de algumas lideranças com o vereador Sandro Parrini. Segundo o jornal A Tribuna, o grupo não está satisfeito com o comportamento do vereador, que não estaria fazendo oposição ao prefeito Luciano Rezende (PPS), como fora combinado na eleição, nem abrigando candidatos não eleitos em seu gabinete. O presidente da municipal, Roberto Carneiro, que foi vice de Amaro Neto (SD) na disputa à prefeitura de Vitória, nega o incômodo, mas segundo a publicação, já tem liderança falando em expulsão.

Outro desconforto acontece em nível estadual. A não eleição de Vidigal na Serra o coloca como candidato preferencial à disputa pela reeleição à Câmara dos Deputados em 2018. No partido, outros dois nomes buscam a Câmara, os deputados estaduais Josias Da Vitória e Rodrigo Coelho.

Da Vitória estaria de malas prontas para deixar o partido, entendendo que  espaço ficou pequeno para três postulantes à Câmara. Da Vitória foi quem cuidou do partido em nível estadual durante o processo eleitoral, quando o presidente da sigla, Vidigal, disputava a eleição na Serra. Para os meios políticos, o momento seria de uma reflexão sobre os rumos da sigla e uma reconstrução, deixando de lado a briga pessoal com o prefeito Audifax para se dedicar ao fortalecimento do partido, começando por apaziguar os problemas internos da legenda.

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