A sessão desta segunda-feira (8) na Assembleia Legislativa promete ser bastante movimentada. Duas matérias que mexem com o jogo político do Estado devem acirrar os ânimos dos parlamentares apoiadores do governador eleito Paulo Hartung (PMDB) e do governador Renato Casagrande (PSB). Além do segundo turno da PEC da Reeleição, os deputados devem se posicionar sobre a Questão de Ordem levantada pelo deputado Marcelo Santos (PMDB) para que as contas do governador sejam votadas.
A polêmica envolvendo as contas do governador pôs em rota de colisão dois peemedebistas no plenário na última quarta-feira (3). Marcelo Santos apresentou um requerimento para que a matéria fosse incluída na pauta, porque o prazo para a análise já havia expirado. Paulo Roberto (PMDB) manobrou o plenário e derrubou a sessão com apenas 45 minutos de sessão para que a Questão de Ordem não fosse respondida pelo presidente interino da Mesa Luiz Durão (PDT).
O assunto volta à baila nesta segunda-feira. Antes da sessão, porém, haverá a reunião da Comissão de Finanças, que, com o parecer do Tribunal de Contas do Estado em mãos, não terá outro caminho do que analisar a matéria, a menos que haja manobra. Quatro membros da comissão, aliados do governador eleito – Paulo Roberto, José Esmeraldo (PMDB), Euclério Sampaio (PDT) e Lúcia Dornellas (PT) – barraram a análise na última segunda-feira (1).
A manobra foi política para protelar o julgamento das contas, deixando a análise para o próximo ano, quando Casagrande não estará mais no governo. A expectativa era de que o parecer demorasse a ficar pronto, já que o TCES não tem prazo para a resposta, mas nessa sexta-feira (5), o conselheiro que recebeu o requerimento Rodrigo Chamoun já havia enviado a resposta ao requerimento dos deputados.
Se a discussão chegar ao plenário, o andamento da matéria fica comprometido por causa de outra, a PEC da Reeleição, que deve ser votada em segundo turno nesta segunda. A PEC permite que o atual presidente da Casa deputado Theodorico Ferraço (DEM) possa ser reconduzido ao cargo na próxima legislatura, que começa em fevereiro próximo.
Theodorico se afastou do Estado para evitar problemas com a manobra, mas a licença termina na próxima quarta-feira (10). Por isso, os deputados têm de correr para aprovar a matéria antes do retorno de Ferraço.
