O governador Paulo Hartung (PMDB) está em Brasília nesta quarta-feira (7) em sua peregrinação pelos ministérios em busca de articulação para a captação de recursos e ajuda do governo federal. Assim como ele, os prefeitos capixabas também estão com o pires na mão na esperança de contar com a ajuda do governo estadual. Os prefeitos das cidades que fazem parte da Associação dos Municípios do Estado (Amunes) vão se reunir nesta quinta-feira (8) com Hartung.
O governador já havia feito um encontro com os prefeitos antes da posse e afirmou que o posicionamento dos gestores municipais na campanha eleitoral havia sido superado e que não discriminaria nenhuma prefeitura. Mas a pauta dos prefeitos que será apresentada nesta quinta esbarra em outro problema. Os gestores municipais apresentarão demandas que dependem da boa vontade de Hartung de abrir o caixa do Estado, sobretudo os repasses da saúde. Mas Hartung vem sendo claro sobre os gastos do Estado. A política de caos, criada durante a campanha, vem sendo sustentada no pós-eleição e o discurso do “cofre vazio” tem feito com que ele defenda a minimização dos gastos. Com está falando em cortar até cafezinho, não pode sair socorrendo municípios endividados.
Neste sentido, a tendência é de que os prefeitos deixem o encontro desta quinta com um pacote de promessas, mais com o pires vazio. Outra dificuldade está no fato de que o Orçamento do Estado para 2015 será reformado pela equipe do peemedebista e até segunda ordem, não se sabe quanto será destinado para cada setor.
Hartung continua fazendo promessas de atendimento aos aliados. Nessa terça-feira (6), ele teve um encontro com o prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia, o Juninho (PPS), e prometeu o início das obras do Hospital Geral do município, ainda para 2015.
Sobre o encontro desta quinta-feira, há a possibilidade de Hartung sequer participar, designando um interlocutor para ouvir os prefeitos. O governador já suspendeu concursos e a realização de algumas obras, assinatura de contratos, licitações, apoio a eventos participação em curso, entre outras medidas para “cortar gastos”.
