Perly Cipriano volta a cobrar efetividade das instâncias do PT no Estado
O subsecretário de Direitos Humanos do Estado, candidato a presidente do PT pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), Perly Cipriano, fez um duro discurso sobre a postura do partido no Estado, no debate entre os candidatos do Processo de Eleição Direta (PED) do PT, em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado. Para ele, é preciso que todas as instâncias partidárias funcionem e que o PT deixe de ser um partido voltado para uma corrente e passe a ser de todos os filiados.
Como já vem defendendo desde o lançamento de sua candidatura, Perly cobrou mais transparência e atuação tanto da Executiva quanto do Diretório do PT no Estado. Ele criticou a atuação da atual gestão do partido e lembrou que, há oito meses, o partido não faz deliberações por falta de quórum, com reuniões de meio expediente.
Perly destacou ainda que quando há quórum para votação, ele é esvaziado, o que levou recentemente à ocupação da sede do partido em Vitória pela juventude petista. O candidato da CNB a presidente do PT/ES falou também do abandono da Estadual aos diretórios municipais, lembrando a reclamação dos prefeitos de Cachoeiro, Carlos Casteglione, e de Colatina, Leonardo Deptulski. “Se esses municípios grandes estão se sentindo abandonados, imaginem os municípios menores”, alertou.
A falta de posicionamento do partido também foi alvo de críticas. “A bancada do PT na Assembleia votou contra o pedágio da Terceira Ponte e até hoje o partido não se posicionou sobre o caso. Até hoje o partido não explicou por que perdemos o fundo partidário”, disse.
Além de Perly, disputam a eleição para a presidência do PT capixaba a senadora Ana Rita Esgário, pela corrente Articulação de Esquerda, e o ex-prefeito de Vitória João Coser, pela corrente Alternativa Socialista. A eleição será no próximo dia 10 de novembro e Coser segue favorito na disputa. Mas os adversários tentam mobilizar a militância para uma mudança de perfil, o que pode mexer com o pleito.
Quem vencer vai comandar o PT no processo eleitoral de 2014. A atual direção do partido, que é do grupo de Coser, analisa a possibilidade de entrar em uma composição que garanta a disputa à vaga ao Senado. Internamente, Ana Rita busca o comando da sigla para tentar viabilizar sua candidatura à reeleição, já que a atual direção não estaria disposta a dar a senadora o direito de recondução ao cargo.
Como a eleição é proporcional e direta, os integrantes das três correntes terão assento no diretório, o que deverá acirrar as discussões sobre a ocupação dos espaços políticos para 2014. O único ponto de convergência até aqui para as correntes é a necessidade de estruturar um palanque ou aliar-se a um grupo que dê sustentação à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
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