O PT só vai decidir quem será o candidato do partido ao Senado no final deste mês. A senadora Ana Rita tenta garantir seu direito à reeleição e o ex-prefeito de Vitória, João Coser se apresenta como alternativa. Mas nas pesquisas publicadas nos dois últimos fins de semana, a senadora não está sendo considerada no páreo.
Na pesquisa do Instituto Futura, publicada nesse fim de semana em A Gazeta, o levantamento estimulado, em que os nomes são apresentados aos entrevistados, considerou dois cenários. Em nenhum deles, porém, a senadora aparece no formulário. Isso já havia acontecido na pesquisa da Enquete, publicada pelo jornal A Tribuna há uma semana.
Os dois cenários foram montados porque o PMDB teria duas opções de candidaturas: Paulo Hartung e Rose de Freitas. O caso é parecido com o do PT. Rose de Freitas quer levar a discussão sobre a candidatura ao Senado para o conjunto do partido, evitando que a escolha seja feita pela cúpula do partido no Estado.
Espontânea
Outra discussão em torno da pesquisa publicada no domingo (3) é sobre o levantamento das rejeições aos nomes apresentados ao governo do Estado em 2014. A pesquisa considerou apenas as rejeições com os nomes colocados, ou seja, estimulada. Não foi publicada as respostas espontâneas, em que o entrevistado não tem os nomes colocados previamente.
Essa estratégia, para os meios políticos, interfere na resposta, pois guarda uma ligação muito forte com o escolhido como candidato. A espontânea é considerada, portanto, mais fidedigna ao cenário projetado para a eleição.
Na pesquisa, o governador Renato Casagrande aparece na liderança do processo eleitoral. Em um cenário sem o ex-governador Paulo Hartung (PMDB), venceria no primeiro turno e com Hartung a disputa seria em duas etapas. Sem os dados das rejeições espontâneas, não é possível se ter uma ideia da competitividade entre os nomes cotados.