Sexta, 03 Mai 2024

PMDB tem duas reuniões importantes sobre disputa de 2014 nesta quarta-feira

PMDB tem duas reuniões importantes sobre disputa de 2014 nesta quarta-feira
O PMDB tem duas reuniões importantes sobre o processo eleitoral do próximo ano nesta quarta-feira (25). Em Brasília, a deputada federal Rose de Freitas se reúne com o vice-presidente, Michel Temer. Também devem participar do encontro o ex-governador Paulo Hartung e o presidente regional do partido, o deputado federal Lelo Coimbra. Já na Assembleia Legislativa, os sete deputados da bancada do partido se reúnem para avaliar o encontro que o grupo teve com o senador Ricardo Ferraço na quarta-feira (18) e que vem ecoando entre as lideranças do partido no Estado.
 
Século Diário teve acesso aos bastidores do encontro, que mostram a insatisfação dos peemedebistas com as definições de cúpula sobre a disputa eleitoral de 2014. Na reunião ficou colocado para o senador a estranheza da bancada em tomar conhecimento sobre o encontro que ele e o ex-governador Paulo Hartung tiveram com Temer e com o presidente nacional do partido, Valdir Raupp, pela imprensa. Deste encontro saiu a propositura de candidatura própria ao governo do Estado, capitaneado pelo senador Ricardo Ferraço. 
 
Na reunião com os deputados, a bancada ouviu apenas as alegações de Ferraço para sua candidatura e não saiu satisfeita, pelo fato de o processo de disputa proporcional não ter sido considerado. A preocupação da bancada é de que, com sete deputados, a composição para o próximo ano possa trazer prejuízo no resultado. Nesse sentido, a bancada defende a permanência no grupo do governador Renato Casagrande. 
 
O encontro foi uma sequência de erros, começando pela forma como foi colocada a candidatura própria. Primeiro porque partiu de uma decisão da cúpula peemedebista. Temer teria convidado Paulo Hartung para a disputa ao governo, mas no decorrer da conversa deu a Ricardo a missão de construir um palanque ao Palácio Anchieta.
 
Para justificar sua candidatura, o senador afirmou que não teria nada a perder, pois se vencesse a disputa seria bom para o partido e, se perdesse, teria ainda quatro anos de mandato no Senado. Uma centralização da discussão que incomodou as lideranças peemedebistas. Ricardo se disse preparado para ser governador e lembrou a manobra de 2010 em que foi preterido na discussão em favor do PSB para a disputa à sucessão de Paulo Hartung, em favor de Casagrande.
 
Quem abriu as falas depois do senador foi o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon, que criticou o governo atual, afirmando que se trata de uma gestão fraca e lenta. Ele também criticou a Lei de Desenvolvimento dos Municípios, que autoriza repasses fundo a fundo, alegando que isso tiraria força dos deputados estaduais e disse que a eleição de Ricardo faria com que o Estado volte a trilhar o "caminho de desenvolvimento" do governo Hartung. 
 
Mas as alegações não convenceram a bancada. O deputado Marcelo Santos defendeu a permanência do partido no grupo de Renato Casagrande e disse que a candidatura de Ferraço deve ser discutida dentro do PMDB. Ele afirmou ainda que foi o próprio Hartung quem fez a troca no palanque palaciano em 2010 e citou dois telefonemas que recebeu à época, um de Ricardo dizendo uma lista de ofensas ao ex-governador e outro de Hartung, pedindo ajuda para “controlar” Ferraço, dizendo que ele seria recompensado com o Senado, como foi.
 
Casagrande se destaca nos meios políticos por ter trazido para o âmbito do Executivo uma nova relação estabelecida com a classe política, possibilitando o debate com as lideranças, diferentemente do governo anterior, que estabelecia uma relação antidemocrática e autoritária.  Para Marcelo, essa prática é feita sem o receio do desgaste político, um risco assumido com essa forma de diálogo. Marcelo Santos também defendeu o governo, afirmando que não considera a gestão de Casagrande fraca e lenta. E lembrou que o novo governo vem assumindo dívidas deixadas pelo governo anterior.



Essas dívidas seriam a falta de atenção às políticas públicas, como segurança, educação e saúde que nao foram atendidas pelo governo Paulo Hartung, algém do beneficiamento de grupos com renúncias fiscais e outras irregularidades que vêm sendo apontadas no governo de Hartung, que vem sendo blindado pelo atual governador. 
 
A deputada Solange Lube afirmou que foi levada ao partido pelo grupo de Hartung e a deputada Luzia Toledo que tem boa relação tanto com Ricardo Ferraço quanto com o governador Renato Casagrande. Hércules Silveira defendeu a unidade do partido e o recém chegado, deputado José Esmeraldo, preferiu se manter longe da polêmica. 
 
Já o líder do governo na Assembleia, deputado Sérgio Borges, afirmou que a Nacional não conhece a realidade local e as decisões sobre a disputa devem ser discutidas pelo partido no Estado. Mas, quem surpreendeu foi o deputado Paulo Roberto, reconhecido pela ligação com o grupo do ex-governador Paulo Hartung. Disse, no encontro, que o grupo deve adotar a cautela em relação à disputa proporcional. 

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