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Presidente da Assentran nega recebimento de doações de empresas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia dos Guinchos ouviu nesta segunda-feira (29) o atual presidente da Associação dos Servidores Policiais Militares do Batalhão de Trânsito (Assentran), Celso Monteiro Berlinck, subtenente da Polícia Militar (PM), na reserva desde 2011.  
 
A convocação de Berlinck foi motivada pela inserção nos autos da CPI de uma denúncia feita em 20 de novembro de 2008 pelo Ministério Público contra oficiais de alta patente da PM e a Assetran, que teria recebido doações de R$ 3,8 milhões de várias empresas de guincho e pátios da Grande Vitória. Entre os condenados, estão comandantes gerais da PM e do Batalhão de Trânsito.
 
No comando da Assentran desde 2009, o depoente garantiu que a principal fonte de receita da entidade é a contribuição mensal dos 1.500 associados, no valor de R$ 32 reais, o que representaria uma receita mensal média de R$ 48 mil. Ele afirmou que a Assetran não recebeu nenhum tipo de doação nos últimos cinco anos. Segundo o presidente, a prestação de contas é feita anualmente, com aprovação em assembleia geral, e registro em cartório. 
 
“A associação hoje não precisa de ninguém, pois tem uma atuação voltada para o associado, que dispõe de planos de saúde e odontológico, assistência jurídica e convênios com instituição de ensino. Sua única função é de cunho social”, afirmou. Berlinck também negou conhecer donos de pátios de veículos.
 
Berlinck esclareceu que a Assentran surgiu a partir da extinção do Funcoop, fundo criado pelo comando da Polícia Militar em 1982, com a finalidade de conceder empréstimos aos policiais e para custeio de despesas do Batalhão de Trânsito. O fundo era mantido por contribuição obrigatória dos policiais, com desconto em folha de pagamento, e também eram permitidas doações e comissões. A extinção aconteceu por exigência de legislação federal, e em 1997, o fundo transformou-se em associação.  A CPI solicitou a documentação referente à prestação de contas da entidade dos últimos cinco anos.
 
Para a próxima reunião da CPI da Máfia dos Guinchos, no dia 6 de julho, os deputados decidiram acatar a sugestão do deputado Bruno Lamas (PSB), que não faz parte da comissão, para ouvir o promotor de justiça Gerson Ramos de Souza, que alegou ter documentos comprovando a existência da “máfia dos guinchos”.
 
Após o depoimento de Celso Berlinck, os deputados também ouviram João Ferreira, que relatou também ter sido vítima de abuso de autoridade por parte do policial militar Vinícius Rocha, que teria acionado o guincho para remover seu veículo sem apresentar justificativa. O policial militar Vinicius Rocha já foi ouvido pela CPI no último dia 22, por ter sido denunciado pelo mesmo motivo. O presidente do colegiado, deputado Enivaldo dos Anjos, encaminhou a denúncia à Procuradoria da Assembleia

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