Sexta, 03 Mai 2024

Pressão do PT nacional complica movimentação do partido no Estado

Pressão do PT nacional complica movimentação do partido no Estado

O PT nacional deu nessa terça-feira (23) mais uma demonstração da pressão do partido para a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O presidente do partido, Rui Falcão, enquadrou os senadores petistas que sinalizavam não encampar a restrição a novos partidos no Senado.



A medida tem endereço certo: a candidatura de Marina Silva à Presidência da República no próximo ano, pela Rede Sustentabilidade. O objetivo é retirar tempo de TV e fundo partidário, enfraquecendo a candidatura da ex-senadora, que oferece risco à reeleição da presidente do PT.



A movimentação do PT nacional aumenta a pressão sobre o diretório capixaba, complicando ainda mais a permanência dos petistas no palanque do governador Renato Casagrande, que é do PSB, partido do também presidenciável Eduardo Campos, governador de Pernambuco.



Campos além de insistir em uma candidatura própria, sinaliza uma aproximação, visando ao segundo turno, com o candidato tucano, o senador Aécio Neves (MG). O que dificulta ainda mais a construção do palanque de reeleição do governador Renato Casagrande, mantendo o tripé político que sustentou sua candidatura em 2010, com PSB, PT e PMDB.



Para os meios políticos, a única maneira de manter a articulação com os dois partidos no Estado seria o governador adotar de vez o palanque de reeleição da presidente Dilma, o que manteria o PT em seu grupo e evitaria que o governo federal apostasse em outra candidatura de sustentação do palanque da presidente, neste caso, o do senador Magno Malta (PR).



Mas diante da conjuntura nacional e como Casagrande está inserido neste contexto, essa movimentação parece ainda mais complicada. Secretário geral do PSB, o governador criaria uma crise interna no partido se fechasse questão contra a candidatura do presidente de seu partido.



Casagrande buscou um caminho alternativo para tentar ganhar tempo para resolver a peleja Ele vem criticando não a candidatura de Eduardo Campos, mas a antecipação do debate eleitoral do próximo ano. Para Casagrande a candidatura de Campos e a aproximação com Aécio não são atraentes. As sondagens iniciais sobre o processo do próximo ano trazem os dois candidatos bem atrás da segunda colocada na corrida eleitoral, Marina Silva.



Além de contar com um recuo do governador de Pernambuco, o governador precisa convencer o governo federal de que vai mesmo entrar em campo a favor da reeleição da presidente, já que em 2010, Casagrande não apoiou efetivamente Dilma no segundo turno da eleição.

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