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Pressionado para disputar o governo em 2018, Audifax desconversa

A vinda da presidenciável Marina Silva ao Estado nesta sexta-feira (15) despertou nos correligionários da Rede a expectativa de uma pressão sobre o prefeito da Serra, Audifax Barcelos. Principal liderança do partido no Estado, Audifax driblou a cobrança sobre uma eventual disputa ao governo do Estado em 2018, reafirmando o seu compromisso com o município da Serra.
 
Na entrevista coletiva, ao ser questionada sobre o processo eleitoral no Espírito Santo, Marina Silva destacou o objetivo do partido em ter candidatos majoritários em todos os estados e deixou transparecer a expectativa da nacional em torno de uma possível candidatura do prefeito. 
 
Marina lembrou que o partido tem 30% de reserva para candidaturas cívicas, mas que Audifax é uma liderança orgânica, com um desempenho destacado na eleição passada e com peso político que chama atenção do partido, o que o coloca em condição de erguer o palanque do Rede no Estado no próximo ano. 
 
O porta-voz da Rede no Estado, Gustavo de Biase, complementou a fala da presidenciável apontando os objetivos do partido para 2018 no Espírito Santo. Ele disse que a meta do partido é conquistar de três cadeiras na Assembleia, garantindo a reeleição do deputado Marcos Bruno, além de mais duas cadeiras. A Rede também quer fazer um deputado federal. Quanto à majoritária, o partido trabalha com a possibilidade de ter Audifax na disputa ao governo do Estado. 
 
Mas o prefeito saiu pela tangente. Disse que o momento não é de discutir nomes. Ele afirmou que tem trabalhado o fortalecimento do partido em nível estadual e que a ação no município da Serra se destaca, mas que tem trabalhado no sentido de colher sugestões para depois apresentar ideias programáticas à sociedade. No cenário de hoje, porém, o prefeito destacou que seu compromisso é com a população da Serra. 
 
Sobre a movimentação com outros partidos e os grupos que já se movimentam para o processo eleitoral do próximo ano, Marina lembrou a movimentação de 2014, quando sua candidatura a presidente foi abrigada no PSB nacional, o que a trouxe ao palanque do então governador Renato Casagrande, que disputa a reeleição. Ela também destacou sua passagem pelo palanque de  Luciano Rezende (PPS) na disputa à Prefeitura de Vitória em 2016.
 
Isso não significa, porém, uma repetição de apoio ao grupo em que essas duas lideranças estiverem em 2018. Ela destacou o balizamento que o debate programático trará às lideranças da Rede para fazerem suas escolhas, respeitando-se as diferenças locais. 
 
Ainda na coletiva, Marina Silva falou de questões nacionais, sobretudo sobre as denúncias que envolvem o governo federal e outras lideranças, além dos trabalhos desenvolvidos na Operação Lava Jato. Marina também falou da construção do programa do partido para a disputa nacional. Ela vê com ressalva as movimentações no Congresso que tentam dificultar a vida de legendas como a Rede, como a cláusula de desempenho, distribuição do fundo partidário e do tempo de TV. 

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