A previsão dos meios políticos é de um placar apertado na votação das contas do governador Renato Casagrande, prevista para esta segunda-feira (15) na Assembleia Legislativa. Para tentar pressionar os deputados, apoiadores do governador promovem uma ação no Facebook para garantir a aprovação das contas do socialista.
Durante a semana, Casagrande conversou com parlamentares para tentar garantira aprovação das contas, mas a investida dos deputados que têm interesse em agradar o governador eleito Paulo Hartung (PMDB) pode deixar a situação tensa no plenário.
O interesse do grupo ligado a Hartung é desidratar politicamente Renato Casagrande, com a rejeição das contas do governador. Os partidários de Hartung, insistem na tese de que o governador Casagrande não cumpriu a meta fiscal. Esse argumento, além de desgastar a imagem do governador, serve também como subterfúgio para que o novo governo justifique o não cumprimento das promessas de campanha por falta de recursos em caixa.
O movimento pela rejeição das contas de Casagrande é comandado pelo “líder informal” do governador eleito, deputado Paulo Roberto (PMDB). A atenção da votação desta segunda se volta para a pressão sobre os deputados da bancada do PT. Claudio Vereza já disse que votará pela aprovação das contas do socialista.
Quem deve acompanhar o deputado é a colega de bancada Lúcia Dornellas, que votou pela aprovação das contas na Comissão de Finanças, mas os outros três parlamentares – Rodrigo Coelho, Roberto Carlos e Genivaldo Lievori – ainda não definiram seus posicionamentos. Eles estariam sob pressão do presidente do partido, João Coser, que tem lugar marcado no secretariado de Hartung.
Se a Assembleia rejeitar as contas do governador, Casagrande poderá recorrer. Como se trata de prejuízo sanável, Casagrande não fica inelegível, mas o estrago na imagem é importante para que Hartung possa se movimentar, desviando o foco da comparação do governo de seu antecessor.
Na convocação dos internautas para participarem da ação no Facebook, o governador destaca que a movimentação na Assembleia é um jogo político. “O Ministério Público já aprovou. O Tribunal de Contas do ES também abonou a nossa prestação de contas. Nos próximos dias, a pauta entra em votação na Assembleia Legislativa. E não há jogo político que manche a história de um governo transparente, ético e justo”, destaca a convocação.
