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Processo de nepotismo de Sérgio Vidigal pesa na articulação de alianças

O fechamento de alianças com o deputado federal Sérgio Vidigal (PDT), ex-prefeito da Serra, com um potencial eleitoral de 150 mil votos, apesar de ser uma das mais cobiçadas nas eleições de 2018, depende do julgamento de um recurso no processo que ele responde na Justiça por improbidade administrativa. 
O caso, que já foi alvo de seis adiamentos, corre na 3ª  Câmara do Tribunal de Justiça e deveria ocorrer nesta terça-feira (15), mas até a tarde desta segunda-feira (14), o Tribunal ainda não sabia informar se estava ou não da pauta de julgamento. “Só conseguiremos confirmar essa informação amanhã, no começo do expediente”, informou a assessoria de imprensa.   
Se condenado, Sérgio Vidigal poderá ter os direitos políticos suspensos por cinco anos, pagar multa e ficar proibido de contratar com o poder público. Segundo a ação movida pelo Ministério Público do Estado (MPES), Vidigal contratou a irmã, Maria Emília Alves Vidigal, para o cargo comissionado de assessora especial-CC1, quando exerceu o cargo de prefeito da Serra, entre 2008 e 2012.
O recurso de Sérgio Vidigal corre na 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, composta pelos desembargadores Samuel Meira Brasil (relator), Dair José Bregunce de Oliveira e Telêmaco Antunes de Abreu Filho. O último adiamento, no dia oito desse mês, foi motivado pela ausência do desembargador Meira Brasil, em viagem a serviço, sendo previsto para esta terça-feira. 
Sérgio Vidigal tem sua reeleição garantida, com a possibilidade de puxar mais uma vaga na Câmara Federal para a coligação. Com esse dividendo, o deputado é cobiçado por vários partidos e seu nome é cotado para compor como vice na chapa de reeleição do governador Paulo Hartung. 
Além do MDB do governador Paulo Hartung, outros partidos tentam se articular com Sérgio Vidigal, no Espírito Santo: PSB, do ex-governador Renato Casagrande, candidato ao governo, e o PT, que mesmo sem ter a garantia de que o ex-presidente Lula poderá concorrer, mantém sua candidatura à Presidência da República. 
Essas articulações dependem ainda de alianças formalizadas a nível nacional, que terão repercussões nos estados. As conversas estão em andamento para uma decisão final em junho/julho, quando serão fechadas as chapas para deputados estadual e federal, de acordo com as  normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Caso o PSB nacional decida apoiar Ciro Gomes, o que passou a ser viável depois que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa desistiu de concorrer à Presidência da República, como ficaria a posição de Vidigal? É um questionamento que circula no mercado político.

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