Segunda, 29 Abril 2024

Proibição de coligações pode complicar a vida das pequenas legendas em 2014

Proibição de coligações pode complicar a vida das pequenas legendas em 2014

Ainda atordoados com a redistribuição das vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, os candidatos que vão disputar a eleição proporcional no próximo ano podem ter um outro complicador de peso para suas campanhas. Mesmo sem acordo, a reforma política começará a ser debatida na próxima semana na Câmara. Essa é uma preocupação que arrepia ainda mais as lideranças do Estado.



Hoje os parlamentares no mandato ou que estão de olho em uma vaga no próximo ano, fazem as contas para acomodar a profusão de nomes colocados para a disputa proporcional nas nove vagas de deputado federal e 27 de deputados estaduais, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) não derrube a norma definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de redistribuição das vagas.



Essas contas podem ficar ainda mais complicadas, se a regra de fim das coligações for aprovada, um dos pontos mais polêmicos da reforma política for aprovado na Câmara.



Só para se ter uma ideia do que isso significa para o Espírito Santo, em 2010, a coligação formada por PMDB/PT e PSB elegeu metade da bancada na Câmara: Audifax Barcelos e Paulo Foletto, do PSB; Rose de Freitas e Lelo Coimbra, do PMDB e Iriny Lopes, do PT.



Na Assembleia, o grupo abocanhou um terço do plenário, com as eleições de Hercules Silveira, Sérgio Borges, Luzia Toledo e Marcelo Santos, todos do PMDB; Freitas e Rodrigo Chamou, do PSB e Genivaldo Lievore, Claudio Vereza, Lucia Dornellas e Roberto Carlos, do PT.



Para esses partidos a situação, porém, a mudança seria menos complicada do que para os partidos menores, que correm o risco de perderem representação na Câmara e, consequentemente, tempo de TV nas propagandas eleitorais.



A mudança na regra impediria, por exemplo, que deputados com menor votação conseguissem se eleger, como aconteceu em 2010. A coligação formada por PTN, PRP e PCdoB conseguiu eleger dois deputados – Dary Pagung e Henrique Vargas, do PRP. Caso a coligação não valha mais para a próxima eleição, os pouco mais de 13 mil votos que os dois deputados tiveram em 2010, não garantiriam suas eleições.



Não é apenas na proporcional que a regra teria impacto profundo na eleição do próximo ano no Estado. Com uma base partidária que inclui a maioria esmagadora dos partidos do Estado, o governador Renato Casagrande também teria muita dificuldade para acomodar as lideranças em seu palanque de reeleição.



Com a grande quantidade de candidatos em potencial ligados ao Palácio Anchieta, as poucas vagas em disputa não dariam conta da demanda de candidatos, o que enfraqueceria  também a candidatura majoritária.



 

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