O Projeto de Lei nº 69/2015, da Mesa Diretora, que dispõe sobre a proibição de retenção ou apreensão de veículo em decorrência da não comprovação de pagamento do IPVA, causou um novo bate-boca na Assembleia. O Palácio Anchieta não estaria interessado na aprovação da matéria e o líder o governo, Gildevan Fernandes (PV), estaria tentando manobrar a votação.
A discussão começou quanto o projeto foi colocado na Comissão de Segurança. O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), principal defensor do projeto, recorreu à Mesa apresentando uma Questão de Ordem para que a matéria fosse enviada para a Comissão de Infraestrutura e que não cabia parecer à Comissão de Segurança.
O líder do governo reagiu, afirmando que a Questão de Ordem foi apresentada porque Enivaldo sabia que ele seria o relator na Comissão. Enivaldo reagiu afirmando que o líder estava manobrando. Euclério Sampaio (PDT), presidente da Comissão de Segurança, também interveio na discussão, defendendo o direito da comissão em emitir o parecer.
O presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), respondendo ao questionamento de Enivaldo, reconheceu que a mensagem foi encaminhada para a Comissão de Segurança equivocadamente. Mas Gildevan recorreu ao plenário.
A partir daí a discussão foi entre Enivaldo e Ferraço. Isso porque o secretário da Mesa defendeu que o presidente não teria que submeter a análise ao plenário. Ferraço afirmou que Enivaldo estaria passando por cima do Regimento e Enivaldo rebateu. Os dois discutiram e o clima esquentou. No final do entrevero, Ferraço acabou submetendo o assunto ao plenário e Enivaldo perdeu.
Os deputados entenderam que a Comissão de Segurança deveria apresentar o parecer. Gildevan se prevaleceu do prazo regimental para emitir seu voto, mas nos corredores a leitura é de que ele deve tentar derrubar o projeto de Envialdo.