A proposta dos vereadores Luiz Emanuel Zouain, Fabrício Gandini e Vinícius Simões, todos do PPS, de reduzir de 15 para nove o número de cadeiras na Câmara de Vitória, além de não garantir a economia que propõem o projeto, diminui a representatividade na Casa, aumentando as chances de quem já está no mandato.
Considerando o eleitorado atual de Vitória, a quantidade de votos aumentaria consideravelmente para que um candidato alcançasse uma vaga na Câmara municipal. O aumento seria de cerca de 15 mil para 25 mil votos – sem considerar as articulações nas coligações. Só para se ter uma ideia, na eleição de 2012, o vereador mais votado, Fabrício Gandini, conquistou 8.955, ou seja, ficou bem distante dos 15 mil votos de que necessitaria hoje para a coligação fazer uma cadeira.
Para aumentar a representatividade, o correto seria fazer o que algumas Câmaras da Grande Vitória já fizeram: aumentar o número de representantes. Vitória deveria ter aumentando de 15 para 21 o número de vereadores. Isso proporcionaria o surgimento de novas lideranças nas bases dos atuais vereadores, provocando uma disputa mais intensa e mais representativa.
A justificativa de garantir redução nos gastos com a Casa, também não convence. Segundo os vereadores, a ideia seria uma redução de R$ 5 milhões ao ano. A questão é que o Legislativo já reduziu o número de assessores com essa mesma intenção, mas a manutenção da verba de gabinete, não resultou em economia para a Câmara.
Diferentemente do município da Serra, que tem o maior número de vereadores da Grande Vitória, com 23 cadeiras ocupadas, a retirada dos automóveis à disposição dos vereadores, corte no combustível e nas verbas de gabinete, porém, garantiram uma economia de R$ 2,5 milhões em 2015, isso sem prejudicar a representação e garantindo a competitividade na eleição pelas vagas no legislativo. Com os cortes, o custo de um vereador para a Câmara da Serra sai por R$ 1,4 milhão contra R$ 1,8 de Vitória.