As movimentações em Brasília, após o feriadão, vão ser acompanhadas com interesse pela classe política capixaba. É que a Câmara dos Deputados deve retomar a discussão sobre a reforma política e em pauta estará o tempo de mandato de prefeitos, governadores e presidente. Uma discussão que afeta a disputa eleitoral de 2016.
Com pelo menos metade da bancada capixaba cotada para a disputa municipal de 2016 – Sérgio Vidigal (PDT), Helder Salomão (PT), Lelo Coimbra (PMDB), Jorge Silva (Pros) e Givaldo Vieira (PT) –, o desempenho dos deputados federais do Estado também vai ser acompanhado de perto pela classe política.
A questão que mais se discute no cenário político é se as eleições do próximo ano serão para mandatos de apenas dois anos, sem direito à reeleição em 2018, ou se os mandatos serão estendidos até a eleição unificada. Mesmo com a aprovação do fim da reeleição, há quem acredite que possa haver um acordo para os prefeitos eleitos em 2016 poderem disputar a reeleição em 2018. Seja qual for a decisão, as mudanças vão afetar os cenários eleitorais tanto de 2016 quanto de 2018.
Na última segunda-feira (1), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Tóffoli, e o vice-presidente, o ministro Gilmar Mendes, criticaram a proposta, alegando que haveria uma sobrecarga na Justiça Eleitoral com a unificação dos pleitos.
De outro lado, os defensores da proposta apostam na redução dos custos com uma eleição a cada cinco anos em vez de uma eleição a cada dois anos. Mas também há especialistas contrários à proposta, já que deixa o eleitor muito tempo sem poder influir no processo político.
Na discussão da Reforma Política, na Câmara, já foram aprovadas em primeiro turno as seguintes propostas: fim da reeleição para a disputa majoritária; cláusula de desempenho para o fundo partidário; doação de empresas apenas aos partidos e não aos candidatos. Foi mantido o sistema de coligações partidárias para a disputa proporcional.