Sexta, 19 Abril 2024

PSB oficializa pré-candidatura de Sérgio Sá em aliança com a Rede

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Em convenção realizada na noite desta quinta-feira (10), marcada por críticas ao prefeito Luciano Rezende (Cidadania), foi oficializada a coligação "Vitória um Passo Adiante". Composta pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Partido da Mulher Brasileira (PMB) e Rede Sustentabilidade, a coligação tem Sérgio Sá (PSB) como pré-candidato a prefeito e a pedagoga Laís Garcia (Rede) na vice. 

Sérgio Sá já foi secretário de Habitação na gestão de João Coser (PT), vereador de Vitória e, atualmente, é vice-prefeito na gestão de Luciano Rezende (Cidadania), na qual também atuou como secretário municipal de Obras, de onde foi exonerado após defender seu projeto eleitoral deste ano. Essas experiências, segundo o pré-candidato, o capacitaram como gestor público. "A máquina da Prefeitura de Vitória não é simples. Nos últimos mandatos vi que os gestores tinham dificuldade de operar essa estrutura por não conhecê-la muito bem. Sou o que mais conhece a máquina pública de Vitória", afirma.

Sérgio Sá destaca, ainda, que sua atuação na secretaria de Habitação possibilitou que ele conhecesse a realidade da periferia. "Vi o quanto é importante implementar políticas públicas para os mais vulneráveis", diz. Para ele, a gestão de Luciano tem como algumas marcas de seu trabalho a "falta de diálogo, de planejamento e de entregas para a cidade". 

O vice-prefeito afirma que a participação popular foi negligenciada nos últimos anos e que ele nunca foi envolvido nos projetos, nas discussões e deliberações. A falta de diálogo de Luciano Rezende não é somente com sua equipe, mas também com os munícipes. "Falta diálogo com o cidadão. O Orçamento Participativo, que é uma das principais ferramentas de discussão, acabou", destaca.

O socialista salienta também que, caso chegue à prefeitura de Vitória, pretende fazer retomada da economia para geração de emprego e renda, uma vez que a pandemia da Covid-19 causou a queda da arrecadação e entre empréstimos e financiamentos a gestão de Luciano Rezende deixa uma dívida de cerca de R$ 1 bilhão, informa. Sérgio Sá aponta ainda que pretende enfrentar as grandes dificuldades, como as questões da mobilidade urbana, segurança pública e urbanização das favelas. 

No que diz respeito a esse último ponto, Sérgio Sá afirma ter sido um erro a gestão de Luciano Rezende ter acabado com o Projeto Terra, que tinha como alguns de seus objetivos a regularização fundiária, preservação ambiental e desenvolvimento comunitário articulados. "Enfrentaremos as dificuldades de forma efetiva, com uma equipe qualificada", garante.

A pré-candidata a vice-prefeita, Laís Garcia, afirmou que a coligação "Vitória um Passo Adiante" pretende discutir um projeto de cidade humana e inteligente. "Com capacidade de gestão, precisamos ter ideias que proporcionem bem-estar, desenvolvimento econômico, tornar a cidade mais sustentável, mais equitativa", enumera.

O candidato apoiado pela Rede para a prefeitura de Vitória era uma incógnita até esta quinta-feira. Acreditava-se que depois de o vereador Roberto Martins anunciar a desistência de sua candidatura à prefeitura, a Rede poderia apoiar Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB), já que, em julho, o partido firmou uma articulação com o PSDB e PP, chamada "Aliança Cívica por Vitória", um documento que se propõe a apresentar um projeto ao eleitorado da Capital dividido por tópicos sobre "Desenvolvimento sustentável: caminho certo para uma Vitória cada vez melhor", "Ampliação e aprimoramento dos serviços sociais e urbanos", "Projetos Especiais", "Articulação metropolitana: transporte, mobilidade e segurança pública" e "Um novo modelo de gestão: moderna, responsável e criativa". 

Ao informar a desistência de sua candidatura, Roberto Martins afirmou que a decisão foi motivada pelo fato de "a excessiva multiplicidade de pré-candidaturas acabar contribuindo indiretamente com a pré-candidatura da atual gestão", em referência ao deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), palanque do prefeito Luciano Rezende. A Rede, afirmou Roberto Martins na ocasião, apoiaria uma candidatura "que se aproxime do modelo de atuação política implementado em meu gabinete de vereador", segundo ele, pautado na "economia nos gastos públicos; seleção meritória dos contratados; apoio às pautas sociais; e dos princípios programáticos do partido. 

Durante a convenção do PSB, Roberto Martins afirmou que a coligação anunciada nesta quinta é composta por quem a Rede enxerga como "pessoas que defendem os direitos humanos " e que se posicionam "contra a ofensiva reacionária do cada um por si". De acordo com ele, seu mandato na Câmara de Vereadores é conhecido como de oposição à gestão da qual Sérgio Sá faz parte, mas trata-se, afirma, de uma oposição responsável. 

"Fomos levados à oposição pelas circunstâncias, pois o prefeito não sabe dialogar com a sociedade nem com os vereadores, quanto mais com os professores. Destaco os professores porque conversei com muito carinho com Sérgio Sá sobre a valorização desses profissionais. Queremos nunca mais um prefeito que saia correndo dos professores no meio de uma manifestação. Com Sérgio Sá vamos dar uma guinada em Vitória, fazer um governo essencialmente democrático, de diálogo com os vereadores", exalta.

Roberto Martins desiste de candidatura a prefeito de Vitória

Vereador anunciou que vai focar na reeleição e que o excesso de candidaturas beneficiaria o candidato da situação
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