O governador de Pernambuco Eduardo Campos esteve em Brasília nessa terça-feira (11) para conversar com os líderes do partido no Congresso Nacional. Na pauta, o fortalecimento dos palanques estaduais para dar musculatura à candidatura presidencial do socialista. Neste sentido, a expectativa sobre como o partido vai tratar o palanque capixaba ganha destaque.
Campos entende que para se tornar um candidato competitivo à presidência da República, influindo no desmonte da polarização PSDB e PT, o partido precisa apresentar candidaturas socialistas ou de aliados nos estados em que for possível.
No caso do Espírito Santo, o partido tem a candidatura do governador Renato Casagrande à reeleição colocada, mas o socialista capixaba insiste em um palanque de neutralidade para concorrer à eleição em um sistema de unanimidade que anule qualquer candidatura adversária.
Dos seis governadores que o partido elegeu em 2010, Casagrande é o único fora do Nordeste. Para os observadores do cenário nacional, aí está a principal dificuldade do candidato socialista a presidente. Ele precisa levar sua imagem para além da região que governa.
Segundo o jornal Valor Econômico desta quarta-feira (12), na reunião com os líderes, ficou decidido que o PSB terá que lançar candidatos a governador em todos os Estados onde for possível e apoiar os candidatos de partidos aliados. Para os meios políticos, embora defenda o palanque de neutralidade, a identidade partidária de Casagrande com Campos será inevitável na campanha eleitoral.
Uma saída para que Casagrande não peça votos para o candidato de seu partido seria acionar o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), para fazer as vezes de cabo eleitoral de Eduardo Campos no Estado. O PPS foi o primeiro partido a declarar apoio a chapa de Eduardo Campos, embora inda não tenha oficializado a aliança.
Antes mesmo de a Nacional do PPS tomar esse direcionamento, Rezende já havia declarado apoio à candidatura de Campos. Como prefeito da Capital, segunda maior vitrine política do Estado, o prefeito pode ser um importante puxador de votos par ao socialista. Além dele, os 22 prefeitos do PSB no Estado também devem levar para o interior a campanha presidencial, garantindo o espaço de Eduardo Campos no Espírito Santo.