O PSD, com a presença do presidente regional da sigla, José Carlos da Fonseca Júnior, confirmou na tarde desta segunda-feira (1) a pré-candidatura do deputado estadual Enivaldo dos Anjos a prefeito de Vitória. Mas Enivaldo só bate o martelo mesmo na próxima sexta-feira (5), quando se encerra o prazo final para das convenções partidárias. O deputado quer ganhar tempo para tentar agregar partidos com os quais está conversando para fechar um palanque mais reforçado para a disputa na Capital.
No encontro desta segunda, Enivaldo deixou claro o discurso de campanha. Disse que vai propor um tratamento melhor da municipalidade para os moradores da cidade. Também enfatizou um tema que já vem se tornando marca registrada de sua atuação dentro e fora da Assembleia, o combate ao pó preto em Vitória. “Ninguém até hoje teve coragem de combater o pó preto da Vale e chamar a empresa de assassina, eu tive. Ficou todo mundo bajulando a Samarco depois daquela tragédia que eles provocaram, mas fui eu quem desafiei o presidente da empresa publicamente”.
Enivaldo também destacou o trabalho que vem desempenhando na Assembleia à frente da CPI da Máfia dos Guinchos. “A população sofria nas mãos da máfia do guincho, e tivemos a coragem de desmantelar essa corja. Pressionamos e a justiça condenou os coronéis envolvidos com a máfia do guincho. Eles sabem que tenho coragem de enfrentar essa gente”, avisou.
No final do encontro, ele pediu mais tempo para definir seu papel na disputa. Enivaldo vem sendo pressionado a abandonar a disputa majoritária, isso deixaria a chapa de vereadores para fazer acomodações com outros palanques colocados para a disputa. O deputado demonstrou preocupação com o futuro da chapa de vereadores apresentada pelo partido, que deverá ter entre 12 e 15 nomes.
“Se até sexta-feira, dia 5, eu não conseguir outros partidos para coligar e garantir que vamos conseguir fazer legenda para eleger nossa representação na Câmara vou reunir a chapa de vereadores e decidir com eles, se mantenho minha candidatura e vamos com uma chapa puro sangue, para o tudo ou nada, ou se eu saio da disputa para compor uma coligação que garanta espaço para eles e, então, eu vou para as ruas de Vitória defender o voto nos nossos vereadores e vou fazer o debate necessário da tribuna da Assembleia”, disse Enivaldo.
Uma das maiores pressões estaria vindo da própria família. O sobrinho do deputado, Marzinho dos Anjos, seria um dos insufladores da desistência do tio da disputa majoritária para liberar a chapa proporcional. Até esta sexta-feira, o deputado estadual decide se disputa a eleição a prefeito e se a chapa de vereadores vai isolada ou se desiste do pleito para garantir uma acomodação aos candidatos a vereador.
