Um dos candidatos à Presidência da República pelo Psol, Hamilton Assis, seguindo a tendência nacional, descartou qualquer coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT) para as eleições de 2018,apesar de o partido estar incluído na relação de prováveis aliados de dirigentes petistas.
O presidente estadual do Psol, André Moreira, que acompnhava Hamilton e neste sábado deverá ser indicado candidato ao governo do Estado na plenária do partido, disse a Século Diário que isso somente poderá acontecer se “vier de lá para cá”.A frase faz referência a integrantes das bases social e política e de parte da vanguarda do PT,
Esses peetistas estariam insatisfeitas, segundo Hamilton, que ontem esteve em Vitória para participar de um seminário para discutir a conjuntura nacional.
“Fazemos uma crítica radical às alianças de conciliação feitas pelo PT e não podemos aceitar coligações desse tipo”, disse ele, que é pedagogo em Salvador, Bahia, e nas eleições de 2014 foi vice na chapa presidencial do professor Plinio de Arruda Sampaio.
Os dois dirigentes do Psol afirmaram que, por enquanto, as coligações acertadas são com o Partido Comunista Brasileiro, o Partidão, e com PSTU.
Citaram ainda alianças com movimentos sociais de esquerda, dentro da Frente Brasil Popular, mas, frisaram, sem capitular do programa do partido, que prevê radical reforma estrutural no Brasil, como forma de favorecer as classes trabalhadoras e fugir do controle do capital financeiro.
Os dois dirigentes criticaram a política adotada pelo PT, em especial à postura do ex-presidente Lula, que, frente do governo federal, deixou de fazer uma reforma política, a regulação da mídia e a redemocratização do Estado brasileiro.
Para Hamilton, é preciso estabelecer um debate sobre o controle do capital financeiro no Brasil, principalmente a dívida pública, que hoje já consome cerca de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) do país
Para ele, o momento político nacional “está ruim e pode piorar”. O presidenciável aponta a intervenção militar no Rio como simbólica de uma situação que é uma maquiagem do que poderá acontecer.
Além de Hamilton, o Psol trabalha com mais três pré-candidatos: Plínio Jr. Sônia Guajajara, líder nacional das comunidades indígenas e o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), no caso de Lula ser impedido de se candidatar.