O governador Renato Casagrande vem tentando manter a união entre seu partido, o PSB, e o PT e o PMDB para seu palanque de reeleição em 2014. Mas, para isso, enfrenta a barreira das articulações nacionais. Na reunião do partido, ocorrida recentemente, Casagrande defendeu duramente a ideia de desatar as articulações para a disputa nacional da local e conseguiu adiar a definição para março do próximo ano.
No entanto, o distanciamento nacional entre o PSB e os outros dois partidos está cada vez mais profundo e a filiação de Marina Silva ao PSB, para compor chapa com Eduardo Campos, complica ainda mais a tentativa de manutenção desse tripé partidário.
O PT também tem prazo para se definir. O partido no Espírito Santo pode entrar no pacote nacional para garantir a aliança com o PMDB, que ficou reforçada com a candidatura própria do PSB. Há costuras sendo feitas em outros estados, e como o PT capixaba está solto, ou seja, sem projeto próprio ao governo, pode entrar no jogo de compensação nacional com o PMDB.
Essa movimentação já foi vista no Estado em 2010. O PMDB e o PT haviam costurado uma aliança local, com Ricardo Ferraço, como candidato ao governo, com composição de vice para o PT. Mas as articulações nacionais mudaram esse cenário.
O PSB tinha na época como candidato a presidente o ex-ministro Ciro Gomes. O partido negociou a saída dele da corrida presidencial em troca do apoio do PT e PMDB aos seis candidatos a governador pelo PSB, inclusive, Casagrande.
Desta vez, o PMDB é quem pode se beneficiar com a história. O partido vem se movimento no sentido de se cacifar para se tornar opção para o PT nacional. Nesse sentido, o PT estadual não oferece problema à nacional, justamente por não ter articulado um palanque próprio.
Aliás, a prioridade do partido é a reeleição da presidente Dilma, portanto, deve seguir a orientação da nacional, assumindo o palanque que ofereças as melhores condições para se pôr em pratica o projeto nacional.