O PT fechou apoio a Sérgio Vidigal na disputa à prefeitura, apesar da participação do PSL na coligação
A decisão, adotada com autonomia pelo diretório municipal da Serra, quebra o direcionamento da executiva Nacional do partido, de só firmar alianças com partidos de esquerda, PCdoB, Psol, PDT, PSB, Rede, PCO e Unidade Popular (UP), excluindo da lista o DEM, PSDB e PSL. Ocorre que a chapa de Vidigal conta, segundo registro na Justiça Eleitoral, com o apoio do PSD, Solidariedade, Cidadania e o PSL, partidos que têm como seguidores figuras conhecidas que lideram o antipetismo.
A decisão que favorece Sérgio Vidigal se confirmou depois de negociações entre as correntes internas do partido, uma delas mais voltada a fechar o alinhamento com o atual prefeito, Audifax Barcelos (Rede), que puxa a candidatura do vereador Fábio Duarte à prefeitura. Prevaleceu o grupo liderado pelo vereador Aécio Leite, candidato à reeleição.
Em Cariacica, seguindo essa estratégia do partido, que visa o resgate de espaços perdidos desde a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, a candidata a prefeita pelo PT, Célia Tavares, deverá receber o apoio do Psol, em negociação formalizada com plena autonomia pelos diretórios municipais, segundo a corrente da qual faz parte o deputado federal Helder Salomão, principal apoiador de Célia Tavares. A aliança da petista conta, oficialmente, com o Solidariedade.
Já em Vitória, uma aliança com o PDT de Vidigal foi tentada pelo ex-prefeito João Coser, visto como uma das apostas do PT nacional para retomar o comando de capitais. Sem êxito, João Coser buscou a Rede, do prefeito serrano Audifax Barcelos, obtendo nova recusa. Sem alternativa, colocou como vice a presidente estadual do partido, Jackeline Rocha, ex-candidata ao governo do Estado em 2018.
O mesmo aconteceu em Vila Velha, onde o ex-deputado estadual e então pré-candidato a prefeito José Carlos Nunes desistiu de concorrer a se alinhou ao candidato da Rede, Rafael Primo, formando a Frente Democrática.
