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PT espera demais e pode perder vaga para tucano na equipe de Hartung

No último sábado (14), o PT capixaba se reuniu para definir qual o caminho a ser tomado em relação ao governo Paulo Hartung, diante da iminência de o governador deixar o PMDB com destino provável para o principal rival do PT em nível nacional, o PSDB. O partido, porém, nada decidiu. Preferiu aguardar os movimentos do governador. Decidiu, apenas, que não tomaria nenhuma decisão de imediato, empurrando o problema para abril, quando o partido decide os novos comandos dos diretórios em todo o País.

E nessa de esperar, o partido é surpreendido por uma ação de Hartung que fecha o espaço para o PT no governo. Segundo a coluna Plenário, do jornal A Tribuna desta terça-feira (17), o ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), seria um nome cogitado para o cargo. E não foi o tucano que procurou a vaga e sim o governo que vem buscando reaproximação.

A expectativa era de que com a saída de Coser, o espaço do PT fosse garantido com a indicação de outra liderança do partido, mas não é isso que pode acontecer. Com a movimentação em torno de Luiz Paulo, a vaga do PT em um cargo de primeiro escalão fica nas mãos do PSDB, uma troca que tem simbolismo político.

A troca reforça ideia de que Hartung e seu governo estão voltados para o ninho tucano. Em viés de baixa, o espaço do PT na equipe de Hartung na verdade não existe, apenas a acomodação de lideranças que são ligadas ao grupo do governador, o que independe de partido, que é o caso de João Coser.

O grupo de Coser, que é majoritário no PT, preferiu esperar o movimento do governador, entendendo que apenas a consolidação da migração de Hartung para o PSDB inviabilizaria a permanência do partido no governo. Mas o partido sequer deveria fazer parte da equipe, afinal, a principal parceria do governador em 2014 foi como PSDB, tanto que o vice, César Colnago, é tucano.

A aliança de Hartung com Coser na eleição passada foi clandestina e visaria apenas o enfraquecimento de Rose de Freitas (PMDB), que disputou o Senado com Coser e acabou vencendo a disputa. A acomodação do petista teria sido uma compensação que, na época, inclusive, foi criticada por parte do ninho tucano, que não aceitava a acomodação do principal adversário político no governo que ajudara a eleger.

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