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Recurso no STF dá tempo a prefeito para costurar acordo em Guarapari

A decisão da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, encaminhando o recurso do prefeito de Guarapari Edson Magalhães (PPS) ao Supremo Tribunal Federal (STF), dá tempo ao prefeito de fazer as costuras necessárias para garantir um bom acordo para o novo pleito. Para os meios políticos, a medida procrastinatória do prefeito vai permitir que a eleição extemporânea seja decidia em gabinete.

O PSB, que levantou a bandeira da oposição na disputa de outubro passado, com o candidato Ricardo Conde, já deu sinais do interesse na composição em nome da harmonia da base do governador Renato Casagrande. Do lado do prefeito, a sensação nas ruas é de que o voto de Magalhães é sentimental, portanto, intransferível. O prefeito corre o risco de não conseguir eleger seu sucessor.  O candidato dele seria  seu aliado Orly Gomes (DEM).

Apesar das movimentações de vários partidos, a percepção que se tem do cenário eleitoral é de que a ideia de uma chapa única para a disputa não parece mais uma proposta impossível. Para alguns observadores, as costuras que se fazem em Guarapari são antidemocráticas, já que a vontade do eleitor não está sendo respeitada. A população só vai opinar depois que as costuras estiverem prontas.

Nesse sentido, ganha destaque a eleição para a presidência da Câmara de Vereadores, que geralmente acontece em fevereiro, mas diante da situação de insegurança política que se instalou no município, a expectativa é de que seja antecipada. Isso porque, o mandato de Magalhães termina no dia 31 de dezembro próximo e ainda não há data para a realização da nova eleição. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) só poderá determinar um cronograma eleitoral depois que o Supremo se posicionar sobre o recurso do prefeito.

A expectativa é de que a eleição só aconteça em fevereiro do próximo ano. Como o atual presidente da Câmara, José Raimundo Dantas (PRP), teve os votos anulados pela Justiça, não poderá comandar o município até a escolha do novo prefeito. Daí a ideia de se antecipar a eleição para a presidência da Câmara, para que o novo presidente possa assumir a prefeitura até a nova eleição.

O problema é que para muitas forças políticas a presidência da Câmara não é um sonho de consumo, diante das inúmeras dificuldades que serão trazidas com a instabilidade política do município. Guarapari é um balneário muito procurado por turistas de todo o País durante o verão. Com uma situação política indefinida, assumir a Câmara e, consequentemente, a prefeitura, pode trazer mais desgastes do que benefícios políticos.

O cargo só seria interessante para os vereadores que pretendem entrar na disputa majoritária, mas como a tendência é de uma manobra de gabinete, a ideia é de que se um dos vereadores for escolhido como o nome de consenso, deve ser eleito presidente da Câmara e confirmar a entrada na prefeitura no pleito do próximo ano.

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