A Câmara dos Deputados deve votar na segunda quinzena de julho o segundo turno da propostas para a reforma política. Depois disso, o projeto segue para o Senado e uma movimentação já se articula para derrubar alguns itens do que foi aprovado na Câmara.
Mas as expectativas são de que as derrubadas sejam apenas os itens que afetam os senadores, como a redução dos mandatos de oito para cinco anos e a redução da idade mínima para se candidatar ao Senado. O sentimento de quem acompanhou o processo de discussão é de que modificações deixaram a desejar.
É o que pensa o advogado Luciano Kelly do Nascimento. Em entrevista a Século Diário, que vai ao ar neste sábado (27), ele analisa os pontos discutidos pela Câmara e ponta avanços, ainda que pequenos, e retrocessos que colocam em risco algumas conquistas do eleitorado.
Para o advogado a rejeição à mudança no sistema eleitoral foi um dos maiores prejuízos da discussão. Ele entende que a manutenção do atual sistema, por coligações, afasta o eleitor dos eleitos e causa distorções, como a eleição de pessoas em quem a população não votou.
Entre as propostas estavam a lista fechada (deputados e vereadores eleitos por lista definida pelo partido), o voto distrital misto (metade dos eleitos por lista e a outra metade pelos mais votados em cada distrito) e o chamado distritão (que elege os mais votados em cada município ou região).