Os senadores pelo Espírito Santo Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PMDB) usaram a tribuna para criticar o governo Dilma Rousseff, durante na sessão do Senado que debate nesta quarta-feira (11) a admissibilidade do processo de impeachment. Dando como certo o resultado desfavorável à presidenta Dilma Rousseff , o senador Magno Malta (PR) lamentou o momento político e disse que a ruptura “que acontecerá hoje “é triste, mas necessária”.
Sempre afeito a metáforas, Malta parece ter esquecido o passado recente. O senador esteve no palanque de Dilma durante a campanha de 2010. Na sessão desta quarta-feira Malta fez declarações de “mau gosto”. Ele comparou o País com um doente diabético e febril que “há muito tempo precisa amputar a perna” para se salvar. “Este país febril vai ter restituída a sua saúde e sua energia. Amputemos a perna apodrecida para salvar o corpo e é preciso ter o tempo de cicatrização e recuperação”, disse.
O republicano afirmou ainda que o governo do PT promoveu a inclusão social, mas “deu com uma mão e tirou com outra”. Malta disse ainda que a administração Dilma é responsável por “dilacerar a economia do país”. O senador defendeu que o vice-presidente Michel Temer dê continuidade a programas como o Bolsa Família. “Temer, melhore o Bolsa Família e ponha uma porta de saída. Um bom programa social tem que ter duas portas”, ensinou.
Ricardo Ferraço (PSDB), que vem mantendo um discurso critico ao governo federal, mais uma vez disparou contra a presidente. Disse que eleições não conferem ao vencedor uma coroa, mas o compromisso de fazer “um governo decente e eficiente” que trabalha de acordo com a lei.
Segundo o tucano, a governabilidade é construída dia a dia com atitudes. “Até as monarquias decorrem do compromisso para com a lei que a todos compromete. Numa República, a lei vale para todos. O lado certo da história é a democracia.