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Ricardo Ferraço é o vice, só falta anúncio de Casagrande

Ex-senador começou a mudar seu estilo discreto durante a visita ao Estado da presidenciável Simone Tebet

Agência Senado

Os comentários em torno do nome do ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB) como vice na chapa de reeleição do governador Renato Casagrande (PSB) se tornam cada vez mais fortes nesta segunda-feira (18) e, nos bastidores, o anúncio deverá ser feito a qualquer a momento. Isso ocorrerá depois de formalizada a coligação com o PT, esperada para esta semana, nos termos estabelecidos pelo PSB, que exclui o PT de indicar nomes para a disputa majoritária: vice-governador e senador.

“Estão querendo, mas ainda é cedo”, desconversa o ex-senador, ao ser questionado, informalmente, sobre a indicação de seu nome. No entanto, desde a visita da presidenciável Simone Tebet (MDB-MS) ao Estado, na última sexta-feira (15), ele começou a deixar o estilo discreto adotado desde a derrota ao Senado em 2018, resultante da saída abrupta da disputa do então governador Paulo Hartung (sem partido), que deixou ao abandono vários aliados. 

No ato político da presidenciável, organizado pela senadora Rose de Freitas (MDB),  Ricardo apoiou a sua reeleição. Rose é apontada como a preferida por Casagrande para ocupar a vaga que surge com o fim do seu mandato e o posicionamento de Ricardo sinaliza que os dois serão os indicados para compor a chapa majoritária do PSB: Ricardo como vice e  Rose candidata ao Senado. 

Representante do segmento empresarial, Ricardo Ferraço reforça o campo da direita com a qual a gestão Casagrande segue alinhada, em um posicionamento que o distancia da coligação PT-PSB, formada visando, prioritariamente, a eleição do ex-presidente Lula à presidência da República. Apesar desses objetivos, divulgados na mídia e em redes sociais, não há garantia de que eles sejam alcançados.

O ex-senador tem trânsito facilitado no seu segmento, que dá sustentação ao governo Casagrande e é alvo de críticas de setores do PT mais à esquerda, que lamentam o isolamento a que o partido foi jogado. Nos círculos do governo, Ricardo Ferraço articula com aliados mais próximos ao governador, como o presidente estadual do PP, Marcus Vicente, pré-candidato a deputado federal, que chegou a ser cotado para o cargo.

Ricardo Ferraço se manteve em silêncio desde a derrota de 2018 e reapareceu em março deste ano, na época da criação do União Brasil (fusão DEM e PSL), para comandar o partido no Espírito Santo. O projeto não avançou em decorrência da perda do controle da sigla para o deputado federal Felipe Rigoni, forçando-o a retornar ao PSDB e compor com o presidente estadual, deputado Vandinho Leite, ex-oposição na Assembleia e agora aliado de Casagrande.

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