Sábado, 27 Abril 2024

Ricardo Ferraço tem peso político para sustentar palanque com PT

Ricardo Ferraço tem peso político para sustentar palanque com PT

Se o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, confirmar sua disposição em disputar a Presidência da República, dificilmente o PT e o PMDB, que buscam a reeleição da presidente Dilma Rousseff, conseguirão permanecer no palanque do governador socialista Renato Casagrande.



A solução para este impasse que vem ganhando força nos meios políticos é a formação de outro palanque político com o objetivo não de fazer oposição a Casagrande, mas de evitar que o PT nacional e local apoiem a candidatura do senador Magno Malta (PR).



O nome mais esperado para puxar a candidatura ao governo seria o do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Mas uma logística está sendo montada para evitar que ele venha à frente do palanque. Isso porque Hartung tem denúncias de irregularidades em seu governo sendo apuradas no Judiciário, o que o torna um nome vulnerável para um palanque ao governo do Estado. Além disso, ele vem perdendo seu capital eleitoral desde a saída do Palácio Anchieta, em 2010.



Por isso, a escolha seria o senador Ricardo Ferraço (PMDB), que não teria nada a perder com a disputa ao governo no próximo ano. Ele tem mandato eletivo até 2014 e um retrospecto eleitoral de 1,5 milhão de votos em 2010, que daria sustentação a um palanque alternativo ao governo, dividindo os votos de Malta, diante da impossibilidade de retirá-lo da disputa.



Essa dinâmica evitaria também um embate direto de Hartung e Malta. Como o senador não se alinha ao sistema político do ex-governador e é crítico à unanimidade estabelecida em seu governo, tem um discurso de enfrentamento que é evitado pelo ex-governador.



A fragilidade do palanque do PMDB é que se a intenção é atrair a presidente Dilma Rousseff para o grupo, o projeto estaria fadado ao fracasso. Apesar de ter os petistas ao seu lado, o partido, comandado pelo ex-prefeito João Coser, faz parte do grupo do ex-governador Paulo Hartung, que não fez campanha para Dilma em 2010. Além disso, no cenário nacional, é conhecida a antipatia da presidente pelo senador Ricardo Ferraço.

 

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