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Roberto Martins se queixa de ‘retaliação e ditadura’ na Câmara de Vitória

O vereador Roberto Martins (PTB) ocupou a tribuna da Câmara de Vitória nessa quarta-feira (26) para falar sobre a exoneração dos servidores de sua indicação na Câmara de Vitória e não poupou críticas ao presidente da Casa, Vinícius Simões (PPS), que por sua vez preferiu não responder o colega de plenário. 
 
Martins começou sua fala lamentando a exoneração dos servidores que estavam havia cinco anos na Câmara e, de três estagiários, dois do curso de Direito e um de Publicidade. Nenhum deles, segundo Martins, foi cabo eleitoral de sua campanha e foram nomeados porque o vereador viu neles competência técnica para prestar serviços ao Legislativo.
 
“Cinco pessoas, nenhum deles votou em mim, nenhum foi cabo eleitoral. E qual foi o crime? Foram nomeados por mim. Essa é uma retaliação política, retaliação ditatorial que está acontecendo nesta casa”, afirmou o vereador. 
 
Ele disse, porém, que a prática não o surpreende e não foi feita para ameaça-lo, já que sempre defendeu concurso público para os cargos, mas que se trata de um recado para os demais vereadores. “Para que vocês saibam exatamente o que pode acontece com quem realmente depende dos cargos. Isso que fizeram comigo é o que acontecerá com vocês amanhã, o dia que vocês ousarem desafiar a ditadura instalada nesta casa”, disparou. 
 
O vereador citou Maquiavel para explicar a movimentação na Casa e sobre o temor que percebe no olhar de colegas e servidores, da instabilidade dos cargos que ocupam e como isso serve de ferramenta para manter o controle político no plenário. “É claro que estou triste, mas isso não me surpreende. Eu sou um estudioso das ciências humanas, eu conheço Maquiavel. Li de cabo a rabo a obra de Maquiavel, O Príncipe. Num dos trechos, ele diz que o príncipe deve ser amado e temido, mas se não puder ser as duas coisas é preferível que seja temido que amado”. 
 
O vereador afirmou ainda que dos 15 servidores que têm direito em seu gabinete, só ocupou oito vagas e disparou contra o presidente da Casa, que em campanha, prometeu reduzir o número de funcionários para 10. “Tenha a descência de pedir desculpas ao seu eleitor”, afirmou Martins, alfinetando Simões.

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