O deputado estadual Rodrigo Coelho (PDT), depois de um longo silêncio sobre o processo eleitoral na Assembleia Legislativa, emergiu e decidiu se manifestar sobre o tema. Em seu site, o parlamentar defendeu a renovação na presidência da Casa, o que nos meios políticos pode sugerir o apoio natural ao deputado Erick Musso (PMDB) ou uma tentativa de voltar ao jogo político.
Rodrigo Coelho estava licenciado do mandato à frente da Secretaria de Assistência Social, e quando começou os movimentos de retorno à Assembleia, ainda no ano passado, suas articulações acenavam para os meios políticos que ele estava tentando se credenciar à presidência. Conversou com vários deputados antes do retorno, sem tocar diretamente no assunto, mas dando a entender que estaria disposto a entrar na disputa pela cadeira principal da Mesa Diretora.
O movimento foi considerado antecipado e não recebeu respaldo do Palácio Anchieta, o que fez com que sua possível candidatura naufragasse antes mesmo de o processo começar a ser discutido na Casa. Com um retorno discreto, Rodrigo Coelho mergulhou no processo de discussão, reaparecendo apenas nesta reta final.
Em seu site, Coelho afirma que sua assinatura no blocão de deputados está condicionada a uma candidatura que represente a renovação na condução do legislativo estadual. Que o deputado jamais votaria em Theodorico Ferraço (DEM) é sabido na Casa, afinal, os dois cachoeirenses não falam a mesma linguagem política. Mas a fala de Rodrigo não deixa claro se ele está fechado com o bloco de Erick Musso ou se está se reapresentando para a disputa. Afinal as características para a candidatura que aponta, servem tanto para o peemedebista quanto para ele mesmo.
“Diante da eleição da Mesa Diretora que se avizinha, minha assinatura para votação em bloco está condicionada à sinalização de uma candidatura que apresente com foco na renovação na política, com práticas menos impositivas, com mais diálogo e oportunidade de um real debate entre os atores”, disse.
As alfinetadas na gestão de Theodorico Ferraço ficam também evidentes na declaração do deputado. “Acredito que a alternância de poder é um fator fundamental para que o processo democrático transcorra de forma sadia. Acima de qualquer projeto pessoal de perpetuação política ou da simples disputa pelo poder”, afirmou.