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Saúde e Educação são principais demandas das regiões sul e do Caparaó

Diferentemente do que foi defendido no ano passado pela base governista, as duas primeiras reuniões da Comissão de Finanças da Assembleia, nas regiões sul e no Caparaó, respectivamente, nessa quarta-feira (9) e nessa quinta-feira (10), atraíram um bom público. Prefeitos, vereadores, líderes comunitários e a população participaram dos encontros e levaram aos deputados estaduais as demandas de suas regiões.

O primeiro encontro aconteceu na quarta-feira, na Câmara de Mimoso do Sul. O Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê a destinação de R$ 86.779.274,00 para a região sul, com previsão de maior alocação de recursos na infraestrutura rodoviária, pouco mais de R$ 43,6 milhões; manutenção e estrutura de unidades prisionais, cerca de R$ 17,3 milhões; e saúde, com quase R$ 12,5 milhões.

A reunião da região do Caparaó aconteceu nessa quinta-feira, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Irupi. Para a localidade está prevista destinação de R$ 37.001.647,00, divididos em ações de pavimentação, recuperação da malha viária e manutenção de rodovias, que devem receber maior aporte, algo em torno de R$ 20 milhões; em seguida vêm os investimentos na saúde, com R$ 6,8 milhões; e educação é a terceira em volume de recursos, com pouco mais de R$ 6,2 milhões.

As demandas levadas pela população à audiência, porém, têm como prioridade a saúde e a educação. A situação de um dos mais importantes estabelecimentos de saúde do Sul do Estado, o Hospital Apóstolo Pedro, que fica em Mimoso do Sul, foi um dos pontos de destaque. Funcionários e diretores da unidade compareceram à reunião como forma de sensibilizar as autoridades sobre problemas financeiros enfrentados.

Já o professor Ciro dos Santos Moraes cobrou investimentos para a educação no campo. Ciro ensina na Escola Família Agrícola de Mimoso, uma das 18 unidades agrícolas do Estado. O projeto é referência nacional pelo trabalho com o sistema de pedagogia da alternância, modelo que intercala um período de convivência na sala de aula com outro no campo usado como forma de diminuir a evasão escolar em áreas rurais. Esse modelo de educação, porém, não vem interessando ao governo do Estado, que vê a pedagogia da alternância como desperdício de tempo dos professores e tem cortado verbas para as escolas agrícolas.

A previsão do Orçamento para 2017 está cerca de 8% menor que o de 2016, ou seja, será reduzido dos cerca de R$ 17 bilhões deste ano para aproximadamente R$ 16,1 bilhões no ano que vem. As próximas audiências do Orçamento acontecem nos próximos dias 16, em Afonso Cláudio (Região Sudoeste Serrana); 23, em Baixo Guandu (Centro-Oeste e Central Serrana); 24, em Vila Pavão (Nordeste e Noroeste), e 28, em Anchieta (Metropolitana, Rio Doce e Litoral Sul).

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