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Seguidores de Magno Malta nas redes sociais reprovam posição do senador contra a reforma trabalhista

Magno Malta também decidiu arriscar a sorte na “roleta” em que se transformou a reforma trabalhista que, aliás, tem atraído muita gente para as mesas de apostas. Na manhã desta quinta-feira (29), algumas horas após a proposta passar na Comissão Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por 16 votos a 9, o senador do PR foi para as redes sociais é escreveu: “Magno Malta fica com o povo e não vota na polêmica Reforma Trabalhista”.
 
No texto, Malta explica que não recebeu com confiança o compromisso do presidente Michel Temer (PMDB) de vetar posteriormente alguns pontos da reforma trabalhista. Ele exigiu de Temer o envio, em até 24h, do texto da medida provisória que tratará dos pontos polêmicos da reforma. Acrescentou que só votaria se tiver o “papel”, a medida provisória na mão. Ele fez uma analogia com o futebol, que já levou muito “chapéu” de Jucá [senador Romero]. “Só voto com uma carta assinada, com a MP pronta”. 
 
A postagem de Magno Malta foi uma jogada de risco. Ele talvez tenha se convencido pelas correntes que suspeitam que o apoio à reforma associada a Temer pode representar revés nas urnas. O senador também pode ter se influenciado pela enquete lançada nessa quarta-feira (28) pelo portal UOL, que pergunta quem “é a favor da reforma trabalhista”. Dos mais de 119 mil internautas que votaram (29/06/17, às 15h46), 63% disseram ser contra a reforma; 33% a favor; e 2% responderam que não sabem.
 
Se a estratégia do senador era fazer uma média com os que se manifestam contrários à reforma, Malta deu o chamado tiro no pé. No momento do fechamento desta reportagem (15h50), cerca de 300 seguidores da página do senador no Facebook haviam se manifestado.
 
A grande maioria dos internautas reprovou a posição de Malta. A maior parte dos comentários, mesmo criticando o senador, tenta ser respeitoso, o que permite deduzir que as pessoas que se manifestam ficaram decepcionadas com Malta. Vejam alguns comentários abaixo:

 

“Gosto muito dos trabalhos do Senador Magno Malta, mas desta vez ele pisou a bola”

 

“Elogio praticamente todas atitudes do Senador Magno, e ele continua a ter nosso reconhecimento, entretanto, não posso concordar com esse seu último posicionamento”
“Que pena, Senador. Fazendo analogia com o futebol, destes uma bola fora. Acompanho seu trabalho e, na maioria das vezes, gosto muito”

 

“Admiro o senador, mas a falta de leitura e entendimento da reforma, fez com que o sr. votasse contra, uma pena, o sr. vascilou feio,votou na verdade a favor dos esquerdas desse país”
 
Magno Malta deve ter ficado desconcertado com o bombardeio de críticas de seus próprios seguidores. O senador adotou a estratégia de ficar em cima do muro, que parece não ter funcionado. Uma das “ovelhas desgarrados” do rebanho de Malta sintetizou bem a manobra: “Não quer se queimar votando a favor de uma medida necessária, mais impopular, ele quer ficar em cima do muro. Ele não é besta, ele é político, É nos somos obrigados a sermos bestas e sustentar está corja. Tomara que não seja eleito mais como toda esta quadrilha”. 
 
Ele achou conveniente não votar e passar a ideia que é contra, assim poderia ganhar simpatizantes do “outro lado”. Na verdade, ele é a favor da reforma. Na explicação do texto ele exige que os pontos da reforma que dependem dos vetos de Temer sejam assegurados por escrito pelo presidente. Mais uma jogada para mostrar à sociedade que ele não confia neste presidente e, portanto, não faz nada que esteja associado a Temer.
 
Para sustentar esse argumento ele afirma: “Melhor seria discutir o tema quando a nação estiver pacificada”. E acrescenta: “Não temos, na verdade, que chancelar o que a Câmara diz. Fora disso, o filho de Dadá não pode votar. Porque o filho de Dadá (Idália, mãe do senador) é muito simples, mas não é besta”. Faltou dizer que o filho de Dadá na verdade quis ser oportunista.

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