Sexta, 17 Mai 2024

Sem acordo e quorum, Finanças adia novamente escolha de presidente

Sem acordo e quorum, Finanças adia novamente escolha de presidente

Está difícil chegar a um acordo sobre a escolha do presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa. A eleição seria nesta quarta-feira (13), no início da tarde, mas um questionamento do deputado Sandro Locutor (PPS), reforçado pelo deputado Euclério Sampaio (PDT), suspendeu a sessão, que foi adiada para o fim da tarde.



Mesmo assim, não houve acordo e uma nova reunião, marcada para as 17 horas desta quarta, não houve quorum para votação. Nessa terça-feira (13), o posicionamento da deputada Luzia Toledo (PMDB), abrindo mão de disputar a presidência, fez os meios políticos crerem que a eleição de Atayde Armani (DEM), vice-presidente do colegiado, fosse ser mais fácil. Ledo engano, a disputa segue indefinida.



A vaga foi aberta com a ida do então presidente da Comissão, Sérgio Borges, que presidia o colegiado desde 2006, para o Tribunal de Contas. Na Casa, a expectativa era de que Atayde, que já estava à frente da Comissão durante o afastamento de Borges, primeiro para tratamento médico e, depois, por causa de sua candidatura a conselheiro do TCES, fosse o sucessor natural do antigo presidente.   

 

Com três deputados na Comissão de Finanças da Assembleia, o PMDB não estaria disposto a entregar o cargo para facilitar a vida do vice-presidente Atayde Armani (DEM). O impasse é grande na Casa sobre a escolha do novo presidente do colegiado e para tentar encontrar um consenso a eleição do novo presidente ficou para a próxima segunda-feira (18). A interferência do governo do Estado na eleição também é outro entrave. 
 
Pela proporcionalidade, a tendência seria que o novo presidente fosse do PMDB, que tem além de Luzia Toledo colocada na disputa pelo comando do colegiado, também fazem parte da comissão os deputados José Esmeraldo e Paulo Roberto. 
 
Nos bastidores da Casa, o comentário que corre é de que o presidente Theodorico Ferraço (DEM) não estaria se esforçando para manter Atayde à frente da Comissão, resquícios da primeira disputa de bastidores para a presidência da Assembleia, quando Atayde teria tentado costurar com o governo do Estado sua eleição para o comando da Casa, o que causou uma reação dura de Ferraço.
 
A manobra pedindo o adiamento da eleição, porém, abre brecha para que uma nova movimentação ocorra no plenário para a escolha do novo presidente da Comissão. Na reunião do início da tarde, o deputado Sandro Locutor (PPS), que é membro suplente do colegiado, questionou a proporcionalidade dos partidos no grupo. “Vários deputados mudaram de partido e isso alterou a composição da Casa”, argumentou. 

Em resposta, José Esmeraldo (PMDB) leu a norma interna da Casa que determina que a distribuição das vagas é organizada pela Mesa e que as modificações que venham a ocorrer nos partidos só prevalecerão a partir da sessão legislativa subsequente, ou seja, o próximo ano.



A resposta encerraria o debate, mas o deputado Claudio Vereza (PT) lembrou que a distribuição das vagas, no início do ano, não foi feita com base nos partidos, mas sim contemplando o bloco parlamentar, que reuniu todos os partidos.



Os parlamentares votaram, então, a suspensão da sessão para que a Procuradoria seja consultada com relação à dúvida, mas na nova sessão da noite, não compareceram os sete membros necessários para a eleição do presidente.



 

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