O empresário, Sérgio Rogério de Castro (PDT) assumiu na tarde desta quarta-feira (8) a suplência do senador Ricardo Ferraço (PSDB), que ficará 121 afastado do mandato. Embora tenha comunicado oficialmente ao Senado que a licença será usada para solucionar problemas de saúde e assuntos particulares, o tucano havia alegado, informalmente, que estava se afstando por estar indignado com a postura do Senado, que manteve o seu colega de partido, o senador Aécio Neves no cargo. Nesta quarta-feira (8), Ricardo Ferraço, porém, parecia bem animado no momento em que seu suplente tomava posse. Ele também participou do lançamento da candidatura do Senador Tasso Jereissati à presidência nacional do PSDB.
Ricardo Ferraço não participou da sessão de 18 de outubro que votou o caso Aécio Neves, pois estava em missão oficial aos Emirados Árabes e disse que se afastaria do mandato porque estaria envergonhado com a decisão do Senado. O PSDB se reuniu com o senador capixaba nos dias subsequentes ao anúncio para tentar demovê-lo da ideia de se afastar, mas não teve jeito.
Nos meios políticos locais, porém, a leitura é de que Ricardo Ferraço se afastou para evitar novos desgastes com a votação de matérias impopulares que o Congresso tem pela frente, como a reforma previdenciária. Na posição de relator da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, se tornando uma espécie de porta-voz da reforma, Ricardo teria percebido que sua atuação teve impactos negativos no eleitorado.
Na sua posse, na tarde desta quarta-feira, o empresário Sérgio de Castro se disse honrado com a oportunidade de assumir como senador e ressaltou que se empenhará ao máximo para representar o Espírito Santo.
“Posso contribuir para melhorar a gestão pública, com minha vivência empresarial. Posso ajudar a aperfeiçoar os nossos partidos políticos com a minha experiência associativista. Posso ajudar votando a favor de projetos virtuosos para a geração de mais bem estar para o povo brasileiro”, disse o suplente de Ferraço.
O pedetista afirmou ainda que é contra reeleições consecutivas do Poder Executivo e defendeu apenas uma reeleição para cargos no Legislativo e a criação de um ambiente favorável à geração de emprego e riqueza. Ele destacou que o bom político precisa equilibrar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social.
“Não há bem estar se não houver também uma adequada distribuição da riqueza gerada, se não houver preocupação com a redução dos desequilíbrios sociais”, afirmou.
*Com informações do site do Senado