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Sucessão na Assembleia: mudança de interlocução é teste de resistência para bloco de deputados

A entrada do presidente do PDT estadual, deputado federal eleito Sérgio Vidigal no debate sobre as movimentações da eleição interna da Assembleia Legislativa vai impor um teste de resistência para o bloco de deputados que vem discutindo o assunto. Isso porque, a mudança na interlocução com o governo do Estado sobre o assunto, visa à desmobilizar o bloco e tirar das mãos do deputado Da Vitória o papel de articulação.

Mesmo com o tropeço inicial, com a antecipação da colocação do nome de Da Vitória como possível candidato à presidência da Casa, com um viés de oposição, a polêmica já havia sido contornada e o deputado novamente inserido no processo de discussão.

Da Vitória, assim como os demais parlamentares do bloco, já esclareceram a questão. Eles reafirmam para o plenário que a discussão do bloco não passa por qualquer tipo de conflito com o Palácio Anchieta, mas que busca manutenção da governabilidade com a permanente interlocução com o Executivo e garantia de uma independência na composição da Mesa e na distribuição dos cargos para a próxima legislatura que começa em fevereiro.

O PDT tem dois deputados na Casa a partir de fevereiro. Da Vitória já vem dando os sinais de seu comportamento com o plenário, mas o deputado Euclério Sampaio não passa aos demais parlamentares a mesma confiança. Já que muda seu posicionamento de acordo com as circunstâncias, mas como pedetista teria que votar junto com o bloco.

Neste sentido, a entrada de Vidigal no debate muda o foco da interlocução, esvaziando o bloco e tirando o papel de articular de Da Vitória. Mesmo não sendo hoje o candidato, nada impede que o pedetista seja um nome a ser avaliado como candidato à presidência da Mesa.

Embora todos evitem falar em candidatura neste momento, o bloco já teria conseguido a adesão de 17 parlamentares, o suficiente para definir a peleja, os deputados estão mais preocupados no momento com as negociações de outros espaços na Casa.

Mas os nomes apresentados até agora têm dificuldade de trânsito na Assembleia. Guerino Zanon (PMDB), que seria o candidato preferido do governador Paulo Hartung, é marcado por uma administração que não agradou os deputados que estão há mais tempo na Casa. Já o atual presidente Theodorico Ferraço (DEM) tem a imagem de um gestor que procura apenas atender seus interesses pessoais, como a acomodação da mulher Norma Ayub (DEM) na bancada federal.

O nome do deputado Dary Pagung (PRP) teria começado a ser trabalhado no plenário, mas sua imagem de governista extremada não agrada os demais parlamentares, que querem harmonia, sem submissão ao Executivo.

Nesta quinta-feira (15), o governador Paulo Hartung se reúne com os deputados novatos e o assunto deve entrar na pauta. Faltam menos de 20 dias para a eleição da Mesa Diretora.

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