O ex-secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, esteve na Assembleia Legislativa esta semana para um novo depoimento à CPI dos Empenhos. A convocação foi feita pelo relator da Comissão, deputado Rodrigo Coelho (PT), que afirmou precisar sanar dúvidas sobre as despesas sem dotação orçamentária na pasta.
Marino reafirmou que houve, sim, a execução de R$ 103 milhões sem a realização de empenhos orçamentários em 2014. Mas, em seu depoimento, ele comprometeu a então secretária de Controle e Transparência, Ângela Silvares, cunhada do governador Paulo Hartung (PMDB).
Ele afirmou que Ângela Silvares teria mandado suspender o repasse de recursos para o Hospital dos Ferroviários. “A partir disso, fizemos uma incorporação porque não poderíamos deixar aquele hospital fechado, que conta com cem leitos”, justificou Marino.
Este é o segundo depoimento de Marino ao colegiado. Ele já havia comparecido na Assembleia dia 13 de maio deste ano. O ex-secretário afirmou que os pagamentos foram por causa dos processos de judicialização na Saúde, que são recursos que não têm recurso previsto.
Outro ponto questionado pelo colegiado foi a construção do Hospital Infantil Francisco de Assis (Hifa) em Guarapari, que não estava no planejamento inicial da secretaria, e da reabertura do Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha. A Unidade foi passada ao Estado mediante requisição administrativa depois que ficou fechada por irregularidades quando era filantrópica.
E sobre o Hifa de Guarapari, houve a necessidade devido à gravidade enfrentada pelas mães daquele município, que não tinham onde ganhar seus filhos porque a única maternidade que tinha na cidade tinha sido interditada. Por ser um fator emergencial, nós tivemos que arrumar orçamento para sanar esse problema”, completou.