Sobrevivendo em um universo ainda amplamente dominado pelos homens, o fato de ser mulher acabou sendo, desta vez, favorável para a senadora Rose de Freitas (PMDB) ser escolhida líder do governo no Congresso. O presidente interino Michel Temer (PMDB), que foi muito criticado por montar uma equipe ministerial, inicialmente, somente com homens, passou a tentar compensar o desiquilíbrio chamando mulheres para o governo.
Obviamente, que a escolha não passou apenas pela questão de gênero, mas isso foi considerado. Tanto que Temer estava indeciso entre Rose e a senadora Simone Tebet (PMDB-MS). A partir daí, a questão extrapolou o gênero e pesou a favor de Rose, que conta com a simpatia da maioria dos líderes da base aliada.
A senadora terá uma missão dura pela frente. Temer quer que Rose tem uma postura mais combativa no Congresso. Ele se queixa que os líderes da base aliada não têm feito uma defesa contundente do governo e das medidas econômicas adotadas até agora.
Após cinco mandatos como deputada federal, Rose conquista projeção rápida no Senado, onde cumpre seu primeiro mandato. Neste ainda recente mandato, Rose já presidiu a Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o que lhe rendeu boa projeção. No seu último mandato na Câmara foi eleita vice-presidente da Casa.