O prefeito da Serra, Audifax Barcelos deve deixar o PSB nos próximos dias para disputar a eleição do próximo ano por um novo partido. O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, à unanimidade, na noite desta terça-feira (22), a criação do Rede Sustentabilidade, capitaneado em nível nacional pela ex-senadora e ex-presidenciável Marina Silva.
Com a aprovação dos ministros do TSE, o partido vai poder participar das eleições do próximo ano e o cenário político do Estado aponta para a procura da sigla por lideranças que querem se afastar dos partidos tradicionais. Em pelo menos duas grandes cidades do Estado, a Rede deve ter candidatos. Isso porque seus maiores entusiastas devem disputar a eleição.
Na Serra, o prefeito Audifax Barcelos, embora adote a cautela, está de saída do PSB e seu destino é o Rede. A ideia é a de ter o controle de um partido, equilibrando assim o jogo político com seu tradicional adversário na Serra, o deputado federal e ex-prefeito Sérgio Vidigal, que tem o controle do PDT em nível Estadual.
Audifax foi procurado pela própria idealizadora da Rede, Marina Silva e conseguiu superar a meta estabelecida pelos apoiadores para a Serra, conseguindo mais de cinco mil assinaturas no município. Além dele, Gustavo De Biase sinaliza interesse na disputa pela prefeitura de Vitória.
A decisão dos ministros foi por unanimidade e põe fim em uma história que há dura dois anos. Em 2013, os entusiastas da Rede apresentaram o primeiro pedido para a criação do partido.
A ideia era de que Marina Silva disputasse a presidência da República já pelo novo partido, mas o TSE indeferiu o pedido, alegando falta de comprovação de uma parte das assinaturas de apoio necessárias para a criação.
O relator do processo, ministro João Otávio de Noronha concluiu que o pedido deveria ser deferido de imediato, embora ainda haja a necessidade de verificar assinaturas de apoios de funcionários públicos.
Marina Silva, que acompanhou a sessão do TSE, ouviu do ministro Gilmar Mendes, elogios pela atuação na campanha eleitoral e classificou como constrangedora as negativas anteriores do Tribunal à criação do partido.