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Tucanos estão insatisfeitos em dividir espaço no governo com o PT

Mesmo tendo a vice-governadoria com César Colnago, uma secretaria e outros cargos de direção no governo Paulo Hartung (PMDB), o ninho tucano anda insatisfeito com os espaços ocupados na nova equipe de governo de Paulo Hartung. A realidade de ter de dividir o governo com o PT tem irritado algumas lideranças tucanas tanto quanto os nomes do próprio partido que integram a equipe do peemedebista. 
 
A escolha dos tucanos na equipe de Hartung está longe de ser uma surpresa. Por isso mesmo o tucanato está em polvorosa. Os nomes aproveitados não têm DNA tucano. São lideranças ligadas a Paulo Hartung e não ao partido. A exceção é o vice-governador e presidente do partido César Colnago, que é um tucano genuíno, mas outras lideranças históricas, como o ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas, sequer foram sondadas. 
 
Os aliados de Hartung que entraram no partido recentemente também não contam como cota tucana: Guerino Balestrassi, Anselmo Tozi e Paulo Rui Carnelli foram levados para o partido por orientação de Hartung e não fortalecem a legenda no sentido político. As demais conquistas do partido no Estado também não são avaliadas como alavancas para recolocar o PSDB no jogo político do Estado. Seja na Assembleia ou com a representação de Max Filho, outro cristão novo no PSDB, na Câmara dos Deputados. 
 
O que deixou os tucanos ainda mais irritados é que a Secretaria ocupada pelo ex-prefeito de Vitória, João Coser, Desenvolvimento Urbano, tendo um aliado, João Luiz Paste, como subsecretário. Para os tucanos, o PT cria um feudo no governo Hartung, enquanto o PSDB fica com a pouco expressiva secretaria de Ciência e Tecnologia, com Balestrassi.
 
A ocupação dos espaços, porém, é vista nos meios políticos no tamanho que deve ser colocada. Colnago não deve ter secretaria, a impressão é de que ficará na coordenação de projetos. Ganhará visibilidade da mesma forma que Givaldo Vieira o fez no governo Renato Casagrande, sendo um vice atuante. 
 
Foi Colnago que fez toda a movimentação dentro do PSDB para que o partido ingressasse no palanque de Hartung. Por isso, seu esforço já foi recompensado. Da mesma forma que Coser, com a movimentação para desidratar o candidato ao governo e na composição de uma aliança clandestina com Hartung também foi recompensado. 
 
Hartung segue assim fazendo sua política de grupo, sem o atendimento às demandas partidárias, uma das marcas de sua relação coma classe política nos oito anos em que governou.   

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