O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deverá receber em março a documentação do Unidade Popular
O Espírito Santo terá a 22ª representação do mais novo partido de esquerda no Brasil, o Unidade Popular (UP), existente em 21 estados brasileiros, que deverá ser formalizada junto ao tribunal Eleitoral (TRE-ES) no próximo mês de março. O partido foi fundado em 16 de junho de 2016 e, no 1º Congresso Nacional, divulgou mais de um 1,2 milhão de assinaturas de apoio e milhares de filiações, superando o número exigido no processo de registro obtido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 10 de dezembro de 2019. Nas bandeiras de luta, o combate à pandemia do coronavírus, vacinação e “fora Bolsonaro”, por meio da união da esquerda.
Pedro Vieira, metroviário de Belo Horizonte e representante nacional do processo de fundação do UP no Espírito Santo, disse a Século Diário nesta segunda feira (15) que a Executiva Nacional se reunirá ainda neste mês, para os acertos finais da documentação a ser encaminhada ao (TRE-ES). No encontro, serão debatidas, também, formas de lutas visando pressionar o governo federal para barrar o avanço da pandemia da Covid-19.
“O governo não está preocupado e não existe o mínimo compromisso com a vacinação da população e a volta do auxílio emergencial”, apontou Pedro Vieira, que ressaltou a necessidade de se tirar o presidente Jair Bolsonaro por meio de uma gestão alternativa dos partidos de esquerda. “Mas, neste momento, a luta deve ser contra a pandemia”, comentou.
No Espírito Santo, o Unidade Popular (UP) é organizado por um grupo de sindicalistas, responsável pelas filiações no partido, que informa já ter condições de eleger a Comissão Executiva em março. Seus integrantes mantêm conversas com lideranças do Psol e do PCdoB, as duas únicas siglas com as quais admitem alinhamento político.
Na resolução básica do partido são destacadas as “lutas sociais nas diversas áreas de atuação: movimentos sociais, sindicais, urbanos e rurais, movimento de mulheres, juventude, indígenas, negros e negras, LGBTs e intelectuais, de maneira que o partido possa refletir o retrato do povo brasileiro”.
O partido ressalta que surge num “momento histórico de complexas e profundas crises e contradições capitalistas e imperialistas, forjando se como radicalmente defensor do socialismo para lutar contra todas as formas de exploração e opressão, para combater o capitalismo, o imperialismo e construir o poder popular como alternativa para acabar com a fome, o desemprego e a miséria que ameaçam nosso povo”, destaca o documento.