Nessa segunda-feira (9), circulou na Serra uma informação inusitada: o PDT nacional estaria disposto a apoiar a candidatura à reeleição de Audifax Barcelos (Rede), justamente o maior rival da principal estrela do partido no Estado: o deputado federal Sérgio Vidigal.
Mais inusitada ainda que a notícia do apoio, é que a decisão de apoiar o prefeito serrano teria partido do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que sempre teve uma ligação muito próxima com Vidigal.
Fontes ligadas ao prefeito comentavam que a decisão de Lupi seria em represália à decisão de Vidigal de contrariar a orientação do partido e votar pela admissibilidade do impeachment da presidente Dilma na polêmica sessão da Câmara dos Deputados no dia 17 de abril. Em razão de ter contrariado a posição do partido, Vidigal enfrenta um processo interno que pode resultar na sua expulsão da sigla. O veredito do PDT será conhecido no final de maio.
No primeiro momento, questionado sobre a informação, o deputado soltou uma nota, alegando desconhecer o suposto acordo entre Audifax e o PDT. Logo em seguida, o deputado divulgou uma nova nota rebatendo o acordo.
Mostrando irritação, Sérgio Vidigal negou que exista qualquer acordo entre o PDT nacional e Audifax. “Não é tempo de negociatas. O Brasil já afastou esses acordos de gabinete. A população da Serra quer agilidade e trabalho. E essas são as bases da candidatura do PDT”, rebateu o deputado.
Vidigal reafirmou seu compromisso com o debate e disse estar focado em seu mandato de deputado federal e com os problemas do Brasil. Entretanto, para deixar claro que seu projeto de candidatar-se a prefeito continua de pé – independentemente da decisão do PDT em mantê-lo ou expulsá-lo do partido -, Vidigal avisou que está à disposição da população serrana para discutir novos caminhos para o município.
