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Viés político ofusca defesa do ex-secretário Tadeu Marino

O ex-secretário de Estado da Saúde, José Tadeu Marino, compareceu à reunião da CPI dos Empenhos, na tarde desta quarta-feira (13), munido de farta documentação e argumentos. Mas não teve muita oportunidade de utilizá-los. 
 
Mais uma vez o viés político incutido nas discussões do colegiado ficou evidente. O presidente da Comissão, deputado Euclério Sampaio (PDT), reafirmou que há indícios de irregularidades relacionados aos empenhos. “Não se pode efetuar uma despesa se não tem empenho já efetivado. Diversos hospitais alegaram que não receberam os repasses”, afirmou.
 
Enquanto Euclério atacava de um lado, o deputado Freitas, que também é membro da comissão, tentava defender o ex-secretário e o legado do governo Casagrande. Marino explicou que a diminuição dos repasses do governo federal e a judicialização, em certos momentos, trouxe demandas de internação ou compra de equipamentos que não estavam previstos em orçamentos e acabaram entrando como despesas da secretaria, fato que não estava na previsão anual. 
 
O ex-secretário apresentou documentos e pediu a anexação aos autos da CPI. Em um deles ele mostra as projeções feitas pelo então secretário de Planejamento, Robson Leite, hoje chefe de Gabinete do governador Paulo Hartung. Isso para mostrar a dotação orçamentária da secretaria apontando déficit no segundo semestre do ano passado. 
 
Marino, porém, ressaltou o aumento no investimento na Saúde, no governo Casagrande, de 13% para 18%. Essa vertente, porém, foi ignorada. Para os meios políticos, a CPI dos empenhos teria sido criada com objetivo político para reforçar o discurso pregado por Paulo Hartung na campanha eleitoral de que Casagrande deixou dívidas e houve descontrole do governo. 
 
Daí as constantes rusgas nas reuniões entre Euclério e Freitas. Euclério, que hoje é aliado palaciano, vem fazendo uma série de ataques ao governo passado. 
 
A convocação do titular da pasta de Saúde durante a gestão Renato Casagrande (PSB) foi solicitada para tentar esclarecer denúncias de realização de despesas na área durante o governo passado sem a existência de empenho.
 
Na reunião passada, a CPI ouviu o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (Fehofes), Luiz Nivaldo da Silva, confirmou a demora no repasse de recursos financeiros às unidades hospitalares em 2014, sobretudo a partir do segundo semestre.

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